Open Journal Systems

PERFIL LOCACIONAL DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO INTERMEDIÁRIA DE GURUPI/TO, ENTRE 2006 E 2016

Samuel Ferreira da Fonseca, Mayra Laricia Calvo Manzano, Nilton Marques de Oliveira, Rodolfo Alves da Luz

Resumo


O objetivo deste trabalho foi verificar o perfil locacional dos municípios da Região Geográfica Intermediária de Gurupi (RIGUR), sul do Tocantins. O método utilizado foi a análise de indicadores de especialização produtiva: Quociente Locacional (QL) e a estimativa do Multiplicador de Emprego. Foram coletados dados secundários junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, na plataforma da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Neste banco de dados, obteve-se o número de indivíduos ocupados em empregos formais, nos oito ramos de atividades econômicas. Como resultado, observou-se que os municípios da RIGUR apresentam dependência do setor administrativo, pois o QL para esta atividade foi elevado para 90% municípios em 2006 e 84% em 2016. Quanto ao ramo de atividade do comércio, somente Gurupi e Dianópolis, demonstraram QL significativo para os dois anos analisados. Isso significa que estes entes federativos se destacam na RIGUR como possíveis polos de crescimento econômico. Cariri do Tocantins (4,28 e 9,27), Dianópolis (4,43 e 7,83) e Palmeirópolis (4,30 e 4,85) apresentaram maiores valores do multiplicador de emprego em 2006 e 2016, respectivamente. Isso implica que, tomando o exemplo de Cariri do Tocantins em 2016, a cada um emprego de base, são gerados 9 empregos no setor não básico ou atividade doméstica local para os municípios da RIGUR. Os resultados do multiplicador de emprego indicam a necessidade de políticas públicas que incentivem a criação e diversificação de trabalho e renda nos municípios estudados. Espera-se que, nas próximas décadas, Dianópolis tenha maior dinamicidade econômica na RIGUR.


Palavras-chave


Análise Regional; Economia Espacial; Gurupi/TO; Região Intermediária

Texto completo:

PDF

Referências


ALVES, L. R. Indicadores de localização, especialização e estruturação regional. IN: PIACENTI, C. A.; FERRERA DE LIMA, J. (Orgs.). IN: Análise Regional: metodologias e indicadores. Curitiba: Camões, 2012.

BARBOSA, Y. M. Conflitos Sociais na Fronteira Amazônica: o Projeto Formoso. Campinas/SP. Papirus, 1996. 120p

BARBOSA, G. F.; SANTOS, R. A. T.; LUZ, R. A.; OLIVEIRA, N. M. Polos Econômicos do Tocantins: uma proposta de regionalização espacial. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 5, p. 90-99, 2019.

BARCHET, I; RODRIGUES, J. B. B. A centralidade do emprego em aglomerados urbanos não metropolitanos. IN: VIII Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional, Santa Cruz do Sul. v. 1. p. 08-24. 2017,

BILLINGS, S. B., JOHNSON, E. B. The location quotient as an estimator of industrial concentration. Regional Science and Urban Economics, 42(4), 642–647. 2012.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relatório Anual de Informações Sociais. Disponível:. Acesso em: 22, nov. 2018.

CARVALHO, W.Q.: RAMOS, M. S.; OLIVEIRA, N. M.; LUZ, R. A. Análise locacional das atividades produtivas na microrregião de porto nacional do estado do Tocantins. Economia & Região, v. 6, p. 47, 2018.

CHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany. Translated by Carlisle W. Baskin. Pp. 230. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1966.

FONSECA, S. F.; MENDONCA, G. L.; HERMANO, V. M.; SILVA, A. C. Análise da pobreza e desenvolvimento humano na microrregião de Diamantina/MG, Brasil, usando técnicas de geoprocessamento. Revista Geográfica Acadêmica, v. 10, p. 164-179. 2016.

FONSECA, S. F.; AGUIAR, H. H. Identificação de Cluster de concentração de renda e dependência demográfica nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. RA'EGA: Espaço Geográfico em Análise, v. 46, p. 132-144, 2019

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - (IBGE). Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e regiões Geográficas Intermediárias. Coordenação de Geografia. - Rio de Janeiro: IBGE. 2017. 82p.

_______________________________ IBGE cidades (IBGE 2019). Informações sobre os municípios brasileiros. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acessado aos: 28/03/2019.

ISARD, W. Methods of Regional Analysis: an Introduction to Regional Science. M.I.T. Press. Cambridge, Massachusetts. 1960.

ISSERMAN, A. M. The Location Quotient Approach to Estimating Regional Economic Impacts. Journal of the American Institute of Planners, 43 (1), 33 - 41. 1977.

NORTH, D. A agricultura no crescimento econômico. In: SCHWARTZMAN, J. (Org.). Economia regional: textos escolhidos. Belo Horizonte, MG: CEDEPLAR/CETEDRE – MINTER, p. 333-343, 1977.

OLIVEIRA, N. M.; PIFFE, M. Conjuntura do Desenvolvimento Regional dos Municípios do Estado do Tocantins. DRd - Desenvolvimento Regional em debate, v. 6, p. 32-61, 2016.

OLIVEIRA, N. M.; PIFFER, M. Determinantes do Perfil Locacional das atividades produtivas no Estado do Tocantins. Boletim de Geografia (UEM), v. 36, p. 92-111, 2018.

OLIVEIRA, N. M.; PIFFER, M.; STRASSBURG, U. O Indicador de Desenvolvimento Regional no Território do Tocantins. INTERAÇÕES, v. 20, p. 3-20, 2019.

OLIVEIRA, T. J. A.; RODRIGUES, W. Planejamento Espacial e o Projeto de Irrigação Manoel Alves. Revista Brasileira de Assuntos Regionais e Urbanos. Goiânia, v. 3, n. 2, p. 173-190, jul./dez. 2017

PIFFER, M. Indicadores de base econômica. PIACENTI, C.; FERRERA DE LIMA, J. IN: Análise Regional: metodologias e indicadores. Curitiba: Camões, p. 51-62, 2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E AQUICULTURA DO TOCANTINS (SEAGRO). Expo Gurupi espera movimentar mais de 30 milhões de reais até domingo. Disponível em: https://seagro.to.gov.br/noticia/2012/5/31/expo-gurupi-espera-movimentar-mais-de-30-milhoes-de-reais-ate-domingo/. Acessado aos: 28/03/2019

SILVA, J. L. G. Inteligência Logística: Um estudo sobre a implantação de uma plataforma Logística no sul do Estado de Tocantins. ENIAC Pesquisa, Guarulhos (SP), p. 121-139, v. 3, n. 2, jul/dez. 2014.

STRASSBURG, U.; LIMA, J. F.; OLIVEIRA, N. M. A centralidade e o Multiplicador de Emprego: Um estudo sobre a Região Metropolitana de Curitiba. URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 6, p. 218-235, 2014.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v51i0.70724