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Os impactos da política educacional paulista na prática docente e na organização do trabalho pedagógico nas escolas estaduais paulistas na perspectiva dos professores

Luiz Carlos Novaes

Resumo


O artigo apresenta a percepção dos professores da rede estadual paulista acerca das ações propostas pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE/SP) ao longo dos últimos catorze anos, bem como a maneira como tais ações interferem na organização do trabalho pedagógico, da escola e da prática docente. O texto faz uma breve introdução às principais diretrizes educacionais adotadas no período, bem como a maneira como se encontra organizado o magistério paulista para, em seguida, apontar quais iniciativas da SEE/SP foram mais significativas aos docentes, considerando as mais citadas durante a realização das entrevistas. Os resultados alcançados apontam para uma relação de extrema desconfiança dos docentes com a política educacional da SEE/SP, concebendo as ações adotadas pela secretaria, muitas vezes, como mecanismos de controle do trabalho do professor e de gradativa perda de autonomia. As principais medidas lembradas pelos professores em relação à política educacional paulista sugerem que os docentes percebem predominantemente aquelas mais próximasde sua rotina e do trabalho diário, faltando uma percepção ampliada das políticas educacionais, o que reduz significativamente a análise e compreensão dos problemas que afetam o cotidiano escolar e o próprio trabalho.

Palavras-chave


Política educacional; trabalho docente; escola pública; cotidiano escolar.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/jpe.v3i5.17349