A MODERNIDADE ALIMENTAR: ENTRE A SUPERABUNDÂNCIA E A INSEGURANÇA

Autores

  • Jesús Contreras

DOI:

https://doi.org/10.5380/his.v54i1.25736

Palavras-chave:

Modernidade Alimentar, Globalização, Repertório Alimentar, Segurança Alimentar

Resumo

Depois de séculos de má nutrição, decorrente da falta de alimentos no mundo, hoje, nas sociedades industrializadas dos comensais contemporâneos, a preocupação dominante é saber o que comer e em que proporções. A realidade se confronta com a situação de saúde, com o estado nutricional da sociedade, com a abundância e com o bem-estar e, também, com a má nutrição gerada pela abundância. O termo segurança alimentar adquiriu significados diferenciados. Os sistemas alimentares passaram de ecossistemas diversificados a outros hiperespecializados e integrados em vastos sistemas de produção alimentar, em escala internacional. A produção mundial de alimentos ao mesmo tempo em que desapareceram numerosas variedades vegetais e animais que por muito constituíram a base das dietas. Com o aumento na produção e no consumo de alimentos industrializados, houve uma ampliação do repertório alimentar, homogeneizando o mesmo, sem que se possa avaliar as consequências do consumo sobre a saúde dos indivíduos. Há uma artificialização da alimentação e sua ingestão se supõe cheia de riscos, gerando no consumidor uma considerável incerteza, desconfiança e ansiedade.

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Como Citar

Contreras, J. (2011). A MODERNIDADE ALIMENTAR: ENTRE A SUPERABUNDÂNCIA E A INSEGURANÇA. História: Questões & Debates, 54(1). https://doi.org/10.5380/his.v54i1.25736

Edição

Seção

Dossiê - Além da cozinha e da mesa: história e cultura da alimentação