CIPAIOS DA ÍNDIA OU SOLDADOS DA TERRA? DILEMAS DA NATURALIZAÇÃO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE NO SÉCULO XVIII

Autores/as

  • Maria Eugênia Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.5380/his.v45i0.7945

Palabras clave:

Moçambique, exército colonial português, cipaios, soldados africanos, Mozambique, Portuguese colonial army, sepoys, African soldiers

Resumen

No século XVIII, os portugueses deparavam com dificuldades crescentes para preencher o regimento de infantaria de Moçambique. Não só a colónia americana do Brasil atraía a maior parte dos que saíam de Portugal, como a elevada mortalidade verificada na costa oriental africana contradizia qualquer esforço de completar o exército com einóis. Desenvolvendo um discurso sobre a inadequação dos soldados europeus ao meio moçambicano, a administração da colónia tentou encontrar alternativas no quadro do Índico. Durante a segunda metade
da centúria, o debate e as soluções ensaiadas centraram-se no recurso aos cipaios importados da Índia ou aos soldados naturais da colónia, nomeadamente dos mestiços, designados patrícios, nos Rios de Sena, e dos macuas e suaílis, no litoral da ilha de Moçambique. Esse processo desembocaria no projeto, formulado na colónia e desenvolvido em Lisboa, de naturalizar o regimento de Moçambique, reservando o oficialato para os europeus. Não obstante, os inúmeros obstáculos levantados ao recrutamento local inviabilizariam a constituição de um regimento completamente preenchido com gente da colónia.

Cómo citar

Rodrigues, M. E. (2006). CIPAIOS DA ÍNDIA OU SOLDADOS DA TERRA? DILEMAS DA NATURALIZAÇÃO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE NO SÉCULO XVIII. História: Questões & Debates, 45(2). https://doi.org/10.5380/his.v45i0.7945

Número

Sección

Dossiê: Homens e armas no Império Português - Organizadora: Andréa Doré