ESTUDO MORFOPEDOLÓGICO DE UMA TOPOSSEQUÊNCIA DE SOLOS NO MUNICÍPIO DE TERRA ROXA - PR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v19i2.94778

Palavras-chave:

Paisagem, Degradação do solo, Relação solo-relevo, Topossequência.

Resumo

A erosão é problema ambiental que atinge solos agricultáveis brasileiros, principalmente os de textura média, muito suscetíveis aos processos de degradação dos solos. O trabalho apresenta o levantamento de uma vertente no setor de ocorrência dos arenitos do grupo Caiuá, na bacia hidrográfica do rio Paraná. O estudo teve como ponto principal as transformações verticais e laterais dos horizontes pedológicos e seu funcionamento físico-químico, associado ao uso e ao manejo de cultivos temporários. O trabalho, empregou a metodologia da análise estrutural da cobertura pedológica, aplicada a uma Topossequência Terra Roxa (T1). Este processo de entendimento da vertente fez uso de sondagens realizadas a trado até os 180 cm de profundidade, foram coletadas amostras nas profundidades de 0-10, 20-30, 40-50, 60-70, 80-90, 100-110, 120-130, 140-150 e 160-180 cm, foram analisadas e identificadas as variações presentes. Posteriormente, foram abertas três trincheiras: TR1, TR2, TR3. A topossequência estudada apresenta um sistema pedológico composto por três classes de solo: Latossolo Vermelho Eutrófico, Nitossolo Vermelho Eutrófico e Gleissolo. Os atributos físicos, granulométricos e químicos determinados nos horizontes pedológicos e identificados nas trincheiras. Os latossolos ocupam a parte superior e baixa da vertente, o Nitossolo a média, o Gleissolo, no fundo de vale. A granulometria indicou um acréscimo das frações de areia no fundo de vale. Os resultados apontaram para um sistema pedológico em uma área de contato entre solos argilosos e solos arenosos em transformação, onde atuam os mecanismos de deslocamento de areia para fundo de vale e o escoamento hídrico superficial. A metodológica aplicada a uma vertente característica do município de Terra Roxa, região Oeste do Estado do Paraná. Tem como objetivo conhecer a distribuição vertical e lateral dos solos na vertente, para entender as modificações impostas por seu uso e manejo e o papel dos cultivos temporários na origem e na potencialidade dos processos erosivos na unidade de paisagem de Guaíra.

Biografia do Autor

Marcelo Batista, Universidade Estadual do Centro-Oste (UNICENTRO), Guarapuava, Paraná

Doutorando em geografia pela (UNICENTRO) Guarapuava, Paraná

Anderson Sandro Rocha, UTFPR

Doutor em Geografia (Análise Ambiental) pela UEM - Universidade Estadual de Maringá. Mestre em Geografia pela UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Graduado em Geografia pela UNIOESTE. Graduado em Gestão Pública pela FATEC - Faculdade de Tecnologia Internacional. É membro e pesquisador dos grupos GIMAB (Grupo Integrado de Monitoramento e Análise de Bacias Hidrográficas), GEA (Grupo Multidisciplinar de Estudos Ambientais) e do Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Paraná 3. Atualmente é professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Santa Helena, ministrando disciplinas na área de Pedologia e Gestão e Manejo de Recursos Naturais. Tem experiência em Geociências com ênfase na relação solo-paisagem. Atua principalmente nos seguintes temas: mapeamento de solos, gestão de bacias hidrográficas e fragilidade ambiental.

Publicado

12/31/2024

Como Citar

Batista, M., Cunha, J. E., & Rocha, A. S. (2024). ESTUDO MORFOPEDOLÓGICO DE UMA TOPOSSEQUÊNCIA DE SOLOS NO MUNICÍPIO DE TERRA ROXA - PR. REVISTA GEOGRAFAR, 19(2), 506–526. https://doi.org/10.5380/geografar.v19i2.94778

Edição

Seção

Artigos