A DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE EM TERRITÓRIOS TRADICIONAIS: O CASO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE SÃO LOURENÇO, GOIANA (PE)
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v18i2.89282Palavras-chave:
Vulnerabilidades socioambientais, processo saúde-doença, reprodução social da saúde, desigualdades em saúde, geografia da saúde.Resumo
Este artigo visa contribuir para o debate da determinação social da saúde em comunidades tradicionais, a partir do território quilombola de São Lourenço, Goiana, Pernambuco. Historicamente, este território, reproduz desigualdades e iniquidades em saúde. Essa pesquisa teve abordagem qualitativa de natureza observacional, tendo como objetivo basilar a pesquisa exploratória. O objetivo deste trabalho foi compreender, através do enfoque ecossistêmico, como a determinação social influencia o processo saúde-doença da Comunidade. Utilizou-se como categorias de análise as classes da abordagem metodológica de Reprodução Social da Saúde desenvolvidas por Samaja (2000; 2004). Considera-se que a determinação social da saúde na comunidade quilombola de São Lourenço envolve fenômenos complexos dotados de desigualdades, injustiças socioambientais e precariedade estrutural. Desta maneira, aponta-se que a dinâmica do processo saúde-doença tem como cadeias estruturantes as relações tecidas, principalmente, com os ambientes naturais que margeiam seu território. Tal espaço é, também, o local de trabalho dos sujeitos observados, sendo o mesmo dotado de signos e simbologias do cotidiano local. O território ainda se encontra como ponto de resistência de povos negros no Estado de Pernambuco em meio a realidade cotidiana, pois a comunidade não se coage e continua com voz ativa e cobrando ao poder público os direito legais e essencial.
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