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MAPEAMENTO DO PLANTIO DE EUCALIPTO E DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA NO ENTORNO DOS RIOS TRIBUTÁRIOS DA BARRAGEM DO RIO JURAMENTO, NORTE DE MINAS GERAIS (BRASIL)

Wagner Aparecido Silva

Resumo


Tece-se aqui uma reflexão descritiva, bibliográfica e analítica munida pela cartografia que representa a eucaliptocultura e seus possíveis impactos ambientais na infiltração, vazão, captação e escoamento dos rios tributários da Barragem do rio Juramento (MG), responsável pelo abastecimento hídrico de 67% da população de Montes Claros (MG). Tecer reflexões acerca dos possíveis impactos da silvicultura é que motivou a construção deste resumo, somado à ação dos mapas que, a partir da identificação das áreas antrópicas e naturais, convidam a preservar a biodiversidade, à tomadas de decisões que objetivem a regularização ambiental e uso sustentável do potencial hídrico dos municípios de Montes Claros e Juramento (MG). Utilizando o método quantitativo, imagens, softwares e aplicativos de smartphone e o Sistema de Informação Geográfica ARCGIS com imagens oriundas do sensor de satélite OLI, captadas em 2015, este estudo mapeia as intensificações das áreas de plantio de eucalipto, em detrimento aos espaços naturais no alto curso dos rios tributários da Barragem do Rio Juramento. Aqui é defendida a visão ambientalista de que o eucalipto é uma monocultura que influi negativamente na infiltração, vazão e captação fluvial e identifica que, até 2019, as porções antrópicas ao redor da barragem continuam ocupadas pelo plantio de eucalipto, presente ali há mais de 30 anos e nas partes altas da bacia, ocupando 8.755,57 hectares, ou seja, 24,53% da área total da bacia, sem o manejo adequado. A pesquisa também mapeou o tipo de solo predominante no trecho dos rios tributários, a fim de verificar até que ponto a questão do uso alternativo do solo e o potencial hídrico dos afluentes e tributários poderiam também influir no escoamento devido e captação de água pela barragem. 


Palavras-chave


barragem; eucalipto; cursos d’água; supressão de vegetação; mapas.

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AUTORIZAÇÃO ARTIGO


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v17i2.85911