HEMEROBIA COMO INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL URBANA: ESTUDO DE EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO BAIRRO CACHOEIRA, CURITIBA, PARANÁ, BRASIL.
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v18i1.85742Palavras-chave:
Planejamento da Paisagem, Urbano, Funções da natureza, Serviços ecossistêmicos, Indicadores ambientais.Resumo
O artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre a possibilidade de uma cidade se tornar ambientalmente sustentável. Como estudo de caso, foi realizada uma análise diacrônica da paisagem (evolução da paisagem) do bairro Cachoeira (Curitiba-PR), desde a década de 1950, utilizando o conceito de hemerobia, para verificar se as transformações ocorridas no bairro o levaram para um estado de sustentabilidade ambiental. O conceito de hemerobia adotado na pesquisa foi o da dependência energética e tecnológica para a manutenção da paisagem. A aplicação do conceito de hemerobia no bairro Cachoeira foi realizado com base na interpretação visual de fotografias aéreas e de imagens de satélite Google Earth Pro dos anos 1952, 1972, 1990, 2003 e 2018. Mosaicos com as imagens e cartogramas de hemerobia foram elaborados na escala 1:7.000, e o processamento do material cartográfico foi realizado com o software ArcGIS® 10.3. Foram adotadas três classes de hemerobia: baixa (predomínio de vegetação arbórea), média (vegetação herbácea/arbustiva, solo exposto, cultivos agrícolas, pastagens e/ou indícios de edificações) e alta (predomínio de áreas edificadas/impermeabilizadas). Em sessenta anos, as paisagens agropastoris do bairro foram substituídas por paisagens com edificações e superfícies impermeabilizadas, oriundas do processo legal de urbanização, associado às ocupações irregulares que destruíram nascentes e corpos hídricos. Alguns fragmentos de mata de araucária sobreviveram e atingiram estágios superiores de sucessão ecológica. Após seis décadas, os resultados indicaram edificações (hemerobia alta) ocupando 37,22% da área total do bairro, 18,09% de vegetação herbácea/arbustiva e solo exposto (hemerobia média) e 44,69% de vegetação arbórea (hemerobia baixa). Esses valores apontam para um bom estado de conservação da natureza encontrada no bairro, e indica que os fragmentos de floresta estariam em um estado de sustentabilidade ambiental, mas o restante do bairro não evoluiu para uma sustentabilidade ambiental.
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