ÁGUA E TERRA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: UM PANORAMA DA ATUAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO (ASA) PELO PROGRAMA UMA TERRA E DUAS ÁGUAS (P1+2)
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v18i1.84817Palavras-chave:
Espaço agrário, Nordeste Semiárido, Recurso hídrico, Tecnologias sociais, Convivência com o SemiáridoResumo
Sob a compreensão de que a estrutura fundiária concentrada se apresenta como marca permanente da formação territorial do Brasil, situa-se o Semiárido brasileiro enquanto território de incidência climática peculiar e de uma complexa relação socioambiental no cenário nacional. Nesse contexto, a problemática deste estudo se volta para a relação terra e água na ecozona do Semiárido brasileiro, tendo como objetivo principal analisar a atuação da Articulação do Semiárido brasileiro (ASA) pelas ações do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), na luta pela terra e água sob o paradigma da convivência com o Semiárido. Para tanto, utilizou-se a priori da contribuição teórica, a partir de uma revisão da literatura sobre a questão agrária e o espaço agrário do Semiárido brasileiro (ANDRADE, 1997; MALVEZZI, 2007), Semiárido brasileiro (AB’SÁBER, 1999; SILVA, 2006) e o histórico e atuação da ASA (SANTOS, 2016, 2019; ASA, 2019). A posteriori realizou-se uma coleta de dados no site da ASA para uma caracterização do P1+2 e um levantamento quantitativo das tecnologias sociais implantadas e dos beneficiários gerados em cada estado do Semiárido pelo referido programa. Assim, verificou-se os principais condicionantes e características que ajudam a explicar, historicamente, a questão agrária nas relações de poder por terra e água no Semiárido. Na contramão dessa relação, tem-se a atuação da ASA, orientada pelo paradigma da convivência com o Semiárido, por programas sociais em parceira com políticas públicas federais, com destaque para o P1+2, que destinou um total de 109.478 tecnologias sociais para 429.230 sertanejos beneficiários.
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