GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA ABORDAGEM SOBRE OS POVOS INDÍGENAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA ENTRE 1950 E 2010
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v18i1.73095Palavras-chave:
Geografia, Povos Indígenas, Livro didático, Educação, EnsinoResumo
O presente artigo apresenta os resultados da dissertação de Mestrado em Geografia defendida na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em dezembro de 2019. O Brasil é uma nação formada através da miscigenação de diversas etnias, dentre as quais há os povos indígenas. A Geografia, sendo uma ciência que se dedica a estudar a relação entre a sociedade e a natureza, deve analisar a questão indígena pela ótica da territorialidade, da organização espacial e da participação social enquanto agentes políticos. Por meio de materiais de ensino, como os livros didáticos, a Geografia insere-se no campo educacional e oferta aos alunos o desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar e refletir a realidade. Apesar de haver muitas críticas metodológicas sobre os livros didáticos, eles ainda são os materiais de maior acesso e disseminação nas escolas brasileiras. Sendo assim, tem-se o tema deste artigo, que é a representação dos povos indígenas nos livros didáticos de Geografia. Serão analisados e investigados, por meio de critérios específicos, a forma como os indígenas são abordados pela Geografia em obras desse segmento entre as décadas de 1950 e 2010. Como resultados, os livros didáticos foram divididos em três períodos, em que apresentaram transformações metodológicas sobre a abordagem dos povos indígenas, mas ainda possuem muitos aspectos a percorrer, na busca de um tratamento condizente com a importância desses povos na formação econômica e espacial brasileira.
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