A PROSTITUIÇÃO PARA ALÉM DO TROTTOIR NO ZERO KM EM VÁRZEA GRANDE-MT
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v15i2.68409Palavras-chave:
Prostituição, Território, Territorialidade, Empoderamento.Resumo
Este artigo apresenta resultados da pesquisa desenvolvida como dissertação de mestrado na cidade de Várzea Grande/MT, na localidade denominada Zero Km, conhecida por constituir uma área permanente de prostituição, com atividades desenvolvidas 24 horas por dia. Analisamos como se desenvolve a prostituição para além da prática efetiva do trottoir das agentes pesquisadas, refletindo sobre questões como o fenômeno social da Revolução Sexual ocorrida no século XX e as suas reverberações para as mulheres, especialmente, as agentes pesquisadas. Outra importante problemática discutida neste artigo diz respeito à compreensão que as entrevistadas têm a respeito da prostituição em suas vidas, refletindo sobre os papéis relevantes da autoafirmação e da autorreflexão. No decorrer do texto evidenciamos a importância do poder à presente discussão, sendo abordado em relação às territorialidades das prostitutas no cotidiano de trabalho e da formação do território do Zero e em relação ao empoderamento, entendido como a capacidade de compreender a prostituição para além de seus estigmas morais e como um instrumento útil à ascensão econômica/social. As territorialidades que desenvolvem no Zero estão intrínsecas às espacialidades de suas vidas cotidianas; a complementaridade de suas territorialidades e espacialidades ocorre por meio da inter-relação das escalas geográficas global e local, fenômeno que se concretiza ora explícita, ora implicitamente nas práticas espaciais que efetivam. As agentes desta pesquisa não devem ser reduzidas ao espectro da prostituição. Para além do trottoir no Zero, existem mulheres com uma identidade própria, com trajetórias distintas, com diferentes utilizações e considerações acerca da prostituição. Para a realização da pesquisa, utilizamos os resultados obtidos em algumas questões específicas do roteiro de entrevistas, assim como revisão bibliográfica que nos orientou a questionamentos que competiam a nossa problemática e também a complementaridades, como em alguns aspectos enunciados em trabalhos de pesquisadores experientes em temas afins.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam na Revista concordam com os seguintes termos:
– os autores mantêm os direitos autorais e transferem à Revista Geografar o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Brasil — CC BY 4.0 BR, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na Revista Geografar (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– qualquer pessoa é livre para compartilhar (copiar e redistribuir o trabalho em qualquer suporte ou formato) e para adaptar (remixar, transformar e criar a partir do trabalho) para qualquer fim, mesmo que comercial, devendo todavia, em qualquer caso, dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas no trabalho original, nos termos da Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Brasil — CC BY 4.0 BR e respeitados a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e outros normativos vigentes;
- as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
