PAISAGENS E LUGARES URBANOS EM DRIVE (2011): SILÊNCIO, INTIMIDADE, INTENSIDADE

Autores

  • Carlos Roberto Bernardes de Souza Júnior Universidade Federal de Goiás
  • Maria Geralda de Almeida Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v13i1.57618

Palavras-chave:

Imaginário Urbano, Violência, Percepção

Resumo

Drive (2011), dirigido por Nicolas Winding Refn, aproxima produções e gêneros cinematográficos estadunidenses com estética e ritmo europeus de modo a possibilitar uma experiência que abarca as tensões do existir urbano. Na leitura geográfica desdobrada no ensaio, busca-se, por meio da análise e interpretação de fotogramas, decifrar as relações dos personagens com as paisagens e lugares (diegéticos) nos quais se inserem. A compreender uma perspectiva fenomenológica, consideram-se as maneiras pelas quais os sujeitos interagem e conformam sentidos para as espacialidades e imagens urbanas, de modo a entender que a cidade se (re)constrói como personagem-lugar de intimidade e indiferença que transborda nos momentos de violência. Por meio da percepção diegética do protagonista, identifica-se que o sujeito transmuta a paisagem e gera outros modos de viver as espacialidades. No filme, a cidade indica caminhos em suas entranhas e sinais de modo a evidenciar que o espaço em que se inserem os personagens é também uma continuidade de sua compreensão do mundo. Por meio da paisagem em fluxo da filmografia surgem espacialidades em que as certezas das visibilidades podem se desfazer na corporeidade dos personagens. Destarte, expõe-se a maneira pela qual o ambiente urbano, em suas opressões e tensões, é núcleo de significações que substanciam-se em lugares.

Biografia do Autor

Carlos Roberto Bernardes de Souza Júnior, Universidade Federal de Goiás

Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (Bolsista CAPES). Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás; Bacharel e Licienciado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia. Membro do Grupo de Pesquisa "Geografia Cultural: territórios e identidades" e do LABOTER/IESA/UFG.

Maria Geralda de Almeida, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

É professora títular da Universidade Federal de Goiás onde é pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais-LABOTER, e no CNPq, o Grupo de Pesquisa Geografia Cultural: territórios e identidade; também é credenciada no Programa de Pós-Graduação em geografia desta instituição, em que orienta mestrado e doutorado. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: manifestaçoes culturais, turismo, territorialidade, sertão.

Publicado

2018-07-21

Como Citar

Souza Júnior, C. R. B. de, & Almeida, M. G. de. (2018). PAISAGENS E LUGARES URBANOS EM DRIVE (2011): SILÊNCIO, INTIMIDADE, INTENSIDADE. REVISTA GEOGRAFAR, 13(1), 135–161. https://doi.org/10.5380/geografar.v13i1.57618

Edição

Seção

Artigos