EDUCAÇÃO DO CAMPO E A PRODUÇÃO DE ESCALAS GEOGRÁFICAS COM E NA TERRA: PENSANDO OUTRO PROJETO DE VIDA PARA OS POVOS DO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v12i2.54988Palavras-chave:
Educação do Campo, Desenvolvimento, Escala.Resumo
Tendo em vista que a construção da escala é a materialização dos processos sociais, bem como um progenitor ativo destes processos, a ideia de desenvolvimento para o campo é uma construção teórica e prática da escala global, historicamente reinventada que intenciona a destruição criativa dos territórios. Sua concepção de campo não contempla a identidade e a cultura dos diferentes grupos sociais que vivem neste espaço, promovendo a expropriação destes sujeitos dos seus territórios de vida. Em contrapartida, os povos do campo vêm construindo relações com e na terra e reafirmando uma concepção de campo que fica evidenciada por meio da práxis da Educação do Campo. Produzindo desta forma, escalas alternativas de vida, locais e comunitárias que permitem a reprodução camponesa e sua autonomia, apesar dos processos de subordinação que estão submetidos. O objetivo geral do artigo é evidenciar a potencialidade da Educação do Campo na produção de outras escalas, ou seja, seu papel de resistência ao se apropriar de uma concepção de campo contra hegemônica à ideia de desenvolvimento da escala global. A metodologia segue os moldes da pesquisa teórico-bibliográfica de cunho qualitativo, sendo a área de abrangência a da Geografia Agrária, com ênfase na Educação do Campo. O trabalho divide-se em duas partes, na primeira busca-se fazer reflexões sobre o discurso do desenvolvimento para o campo, evidenciando as contradições e as resistências a esse processo produzido pela escala global. Em seguida, discute-se como a Educação do Campo, com sua concepção de campo e educação contra hegemônicos a ideia de desenvolvimento para o campo, possui a potencialidade de produzir escalas alternativas e reafirmar outro projeto de vida para os povos do campo.
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