CONTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL URBANA PARA A QUALIDADE AMBIENTAL E DE VIDA NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v13i1.46964Palavras-chave:
Centro de São Paulo, Cobertura Vegetal, Qualidade Ambiental, Índice de Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida.Resumo
A alteração do meio físico, causada pela crescente aglomeração populacional, leva ao aumento dos impactos socioambientais, principalmente nas grandes cidades e metrópoles de países subdesenvolvidos e emergentes, como o Brasil. As qualidades ambiental e de vida urbana tornam-se insatisfatórias, e, para estimar o bem-estar da população, são criados índices que abordam contextos relacionados a condições econômicas, sociais e ambientais. Dessa forma, este trabalho objetivou discutir os critérios de índices para avaliar, especialmente, a qualidade de vida e verificar a contribuição da cobertura vegetal na qualidade ambiental dos distritos do centro da cidade de São Paulo (Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília e Sé), considerando dados demográficos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os dados demográficos, de cobertura vegetal e o IDH foram obtidos de mapeamentos realizados anteriormente por diversos autores. Os valores referentes à quantidade de cobertura vegetal foram comparados e analisados de acordo com o número de habitantes do Censo 2000. O Índice de Cobertura Vegetal e a distribuição da cobertura vegetal por habitante foram relacionados com o IDH, referente a cada distrito, obtido de estudo realizado em 2002 pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade (Prefeitura Municipal de São Paulo). Verificou-se que há grande discrepância entre os valores esperados para cada local quando são considerados aspectos demográficos, visto que distritos com maior quantidade de vegetação nem sempre apresentam a melhor distribuição desta entre seus habitantes. Da mesma forma, a maioria dos distritos que registra IDH consideravelmente maior é a que apresenta distribuição da cobertura vegetal por habitante mais baixa. Pode-se concluir que os índices de avaliação de qualidade de vida que não consideram devidamente a conservação da natureza nas áreas urbanas, como o IDH, não refletem adequadamente condições ambientais mínimas para uma boa qualidade de vida. Portanto, é de extrema importância que o centro de São Paulo seja considerado um dos locais prioritários para revisão de suas políticas públicas.
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