CONTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL URBANA PARA A QUALIDADE AMBIENTAL E DE VIDA NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO

Autores

  • Carolina Scattolini Felix Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Oriana Aparecida Fávero Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v13i1.46964

Palavras-chave:

Centro de São Paulo, Cobertura Vegetal, Qualidade Ambiental, Índice de Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida.

Resumo

A alteração do meio físico, causada pela crescente aglomeração populacional, leva ao aumento dos impactos socioambientais, principalmente nas grandes cidades e metrópoles de países subdesenvolvidos e emergentes, como o Brasil. As qualidades ambiental e de vida urbana tornam-se insatisfatórias, e, para estimar o bem-estar da população, são criados índices que abordam contextos relacionados a condições econômicas, sociais e ambientais. Dessa forma, este trabalho objetivou discutir os critérios de índices para avaliar, especialmente, a qualidade de vida e verificar a contribuição da cobertura vegetal na qualidade ambiental dos distritos do centro da cidade de São Paulo (Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília e Sé), considerando dados demográficos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os dados demográficos, de cobertura vegetal e o IDH foram obtidos de mapeamentos realizados anteriormente por diversos autores. Os valores referentes à quantidade de cobertura vegetal foram comparados e analisados de acordo com o número de habitantes do Censo 2000. O Índice de Cobertura Vegetal e a distribuição da cobertura vegetal por habitante foram relacionados com o IDH, referente a cada distrito, obtido de estudo realizado em 2002 pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade (Prefeitura Municipal de São Paulo). Verificou-se que há grande discrepância entre os valores esperados para cada local quando são considerados aspectos demográficos, visto que distritos com maior quantidade de vegetação nem sempre apresentam a melhor distribuição desta entre seus habitantes. Da mesma forma, a maioria dos distritos que registra IDH consideravelmente maior é a que apresenta distribuição da cobertura vegetal por habitante mais baixa. Pode-se concluir que os índices de avaliação de qualidade de vida que não consideram devidamente a conservação da natureza nas áreas urbanas, como o IDH, não refletem adequadamente condições ambientais mínimas para uma boa qualidade de vida. Portanto, é de extrema importância que o centro de São Paulo seja considerado um dos locais prioritários para revisão de suas políticas públicas.

Biografia do Autor

Carolina Scattolini Felix, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2014. Atualmente estudante de Licenciatura na Universidade Cidade de São Paulo e professora de Biologia no Cursinho Guarani da Aldeia Tekoa Pyau.

Publicado

2018-07-21

Como Citar

Felix, C. S., & Fávero, O. A. (2018). CONTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL URBANA PARA A QUALIDADE AMBIENTAL E DE VIDA NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO. REVISTA GEOGRAFAR, 13(1), 8–35. https://doi.org/10.5380/geografar.v13i1.46964

Edição

Seção

Artigos