ALUÍSIO AZEVEDO E O DETERMINISMO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: REFLEXÕES À LUZ DA GEOGRAFIA HUMANISTA E CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v11i2.44628Palavras-chave:
Espaço social, Cientificismo, Determinismo, Existencialismo.Resumo
Nesse artigo propõe-se a leitura das três mais importantes obras de Aluísio Azevedo, O Cortiço, Casa de Pensão e O Mulato, a partir da geografia humanista e cultural. Com base em uma análise voltada para os aportes teórico-conceitual do existencialismo sartreano far-se-á um contraponto à literatura de Azevedo, que foi influenciada pelo cientificismo, darwinismo e determinismo social. Nas obras listadas o autor descrevia a degradação do meio urbano brasileiro, em que a miséria e a pobreza eram grandes responsáveis pela degradação moral do homem. Em decorrência, atitudes ligadas a violência, promiscuidade e vícios justificavam-se pela natureza das relações sociais no espaço degradado. Com isso pretende-se contribuir com reflexões acerca da produção do espaço urbano e social brasileiro, e as explicações científicas a que eram dadas na época, em que o positivismo e o cientificismo apresentavam um sentido generalizado nas ciências e na literatura do país. A interpretação, aqui exposta, a partir das leituras de Jean-Paul Sartre tem o intuito de explicar os conflitos sociais a partir do homem, em detrimento do meio. Levar-se-á em consideração as ações humanas como próprios de suas experiências e essência, ao contrário da literatura naturalista que considera a “natureza” humana. Tal estudo foi subsidiado, por uma metodologia qualitativa de teor descritiva e analítica.
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