CARNAVAL DE FANO (ITÁLIA): REVISITANDO AS TRADIÇÕES CULTURAIS LOCAIS
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v10i2.41681Palavras-chave:
Geografia Cultural, Festa, Cidade de FanoResumo
O texto investiga, na perspectiva da geografia cultural, a festa carnavalesca da cidade italiana de Fano, considerando-a uma criação coletiva capaz de revelar as representações e os valores sociais que um determinado grupo atribui ao seu espaço. As festas ocupam papel relevante na dinâmica social, são produzidas e reproduzidas a partir das relações e materialidades do espaço geográfico, e constituem-se uma importante temática para a inteligibilidade das relações dos homens entre si e com os lugares. Entendidas como manifestações da cultura de um determinado povo, as festas são dinâmicas e multifacetadas, transformam-se no tempo e no espaço, e seus significados simbólicos podem ser percebidos e interpretados de diferentes maneiras. A pesquisa é fundamentada na análise documental, bibliográfica e pesquisa de campo. Para compreender as festas carnavalescas, o aporte teórico é constituído por autores de diferentes áreas científicas, como o geógrafo Guy Di Meo (2001), o filósofo Mikhail Bakhtin (1993), os historiadores Peter Burke (2010) e Mary Del Priore (2000), o historiador e antropólogo Norberto Luiz Guarinello (2001). Constata-se que as tradições culturais de Fano têm sido revisitadas e ressignificadas, alimentando o imaginário popular. Neste sentido, o carnaval se mostra como um elemento distintivo da cultural local, e pode ser reapropriado como instrumento de status social, propaganda turística ou mercadológica. Entretanto, em relação ao passado, o carnaval de Fano parece contribuir de um modo menos significativo no processo de construção identitária e na reafirmação dos laços de pertencimento ao lugar.
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