Pluralidade do cuidar: a saúde em contexto de interculturalidade
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i30.82660Palavras-chave:
Extensão Universitária, Cultura, Saúde.Resumo
A interculturalidade na prática clínica, por ser considerada acessória pelo modelo biomédico hegemônico, é pouco ou quase nada debatida na grade curricular dos cursos de saúde. A partir da identificação deste fator e, consequentemente, da necessidade de se promover atividades alicerçadas na antropologia médica – vertente que busca associar o modo de vida do paciente à maneira com que este se percebe durante os processos de saúde e de doença –, estudantes de medicina de diferentes instituições de ensino idealizaram a ação “Pluralidade do cuidar – A saúde em contexto de interculturalidade”. O evento, estruturado nos moldes de um simpósio e ambientado nos dias 19 e 20 de março de 2021, contou com a participação de palestrantes das mais diversas áreas do conhecimento, a fim de contemplar variadas perspectivas relacionadas à assistência à saúde culturalmente competentes. Com o propósito de desmistificar paradigmas e de sensibilizar os participantes sobre as particularidades do atendimento à populações em situação de vulnerabilidade, o encontro forneceu uma maior ênfase às demandas culturais da comunidade das periferias, dos moradores do campo, da população indígena e dos quilombolas. O presente artigo, portanto, relata a experiência da intervenção e evidencia a necessidade de uma reestruturação dos currículos e dos modelos de ensino-aprendizagem dos cursos universitários de medicina no Brasil, com a intenção de abranger a antropologia médica e de se propiciar uma formação acadêmica cada vez mais holística e humanizada. Apresenta também, nas suas conclusões, de maneira tanto quanti como qualitativa, o feedback dos participantes sobre a atividade.
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