Relato de Experiência de Telemonitoramento Materno-Infantil durante a Pandemia COVID-19
Resumo
Este estudo objetiva relatar as experiências, barreiras e dificuldades identificadas em uma ação de telemonitoramento realizada no âmbito do projeto de extensão universitária “Saúde Bucal Materno-Infantil”. Dado contexto da pandemia COVID-19, a ação foi realizada na forma de telemonitoramento para o acompanhamento da díade mãe-bebê aos seis meses de vida. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A ação foi realizada por discentes do curso de graduação de Odontologia e pós-graduação em Residência Multiprofissional em Neonatologia. O período de abrangência utilizado para registro da ação foi de setembro a outubro de 2020, totalizando 131 contatos realizados por meio de contato telefônico e utilização de questionário semiestruturado para coleta de dados relativos à saúde materna e infantil de uma forma geral, cuidados de saúde bucal, hábitos alimentares e aleitamento materno. Dos 388 contatos efetuados no período, uma taxa de 33,8% (n=131) teleatendimentos foram efetivados. Dentre as principais razões pelas quais não foi possível efetivar todos os contatos destaca-se a mudança/troca do número do contato telefônico, a inatividade do aparelho telefônico, área de cobertura fora do alcance, ativação da caixa postal, a indisponibilidade e/ou não atendimento da ligação telefônica. Os resultados obtidos demonstram que projeto de extensão possibilitou que a comunidade fosse alcançada no contexto da Pandemia COVID-19, sendo que este demonstrou-se uma ferramenta útil no acompanhamento de pacientes e instrumento eficaz no cuidado preventivo, por meio do repasse de orientações específicas e esclarecimento de dúvidas. Além disso, contribuiu para o aprimoramento profissional e acadêmicos dos discentes, ao aproximar as esferas técnicas e humanas da prática da educação em saúde. Mesmo com limitações relativas à efetivação do contato telefônico, tal modalidade de atendimento possibilitou a aproximação entre o usuário e o sistema, garantindo assim o vínculo preconizado pelo Sistema Único de Saúde.
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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ef.v0i23.80467