A Produção e o Consumo de Alimentos Orgânicos - Contribuições Acadêmicas, Econômicas e Sociais
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i27.80424Palavras-chave:
Ações extensionistas, Cultivo orgânico, Público-alvoResumo
A extensão universitária se constituiu como catalisadora de transformações sociais, se inserindo no cotidiano de ações coletivas, procurando integrar os pilares do ensino, pesquisa e extensão. O objetivo desse trabalho foi analisar como o projeto de extensão “Alimentos Orgânicos” influenciou na produção e no consumo deste tipo de alimento. A pesquisa de campo foi realizada com o uso de formulário com questões estruturadas sobre os assuntos abordados e levantamento de dados encontrados nos relatórios anuais, artigos e demais documentos produzidos durante a vigência do projeto. Os resultados mostraram que a faixa etária dos produtores rurais variou 40 e 60 anos, sendo que destes 91% completaram o ensino fundamental e médio. A mão-de-obra está concentrada na agricultura familiar com 70% do trabalho sendo realizado por duas a três pessoas com renda mensal entre três e cinco salários-mínimos. Quantos aos consumidores estes, na sua maioria são mulheres entre 22 e 55 anos, casadas, com ensino médio ou superior completo e renda familiar entre um e três salários-mínimos. A aquisição geralmente hortaliças é semanal com investimento médio entre R$ 2 a R$10,00 sendo motivadas pela preocupação com a saúde. Os acadêmicos participantes concordaram fortemente que as práticas exercidas por meio de palestras nas escolas, interação com o público consumidor e produtores rurais permitiu agregar experiências e conhecimentos técnicos, melhorando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Assim, o projeto de extensão atingiu o objetivo social na região, cooperando com a cadeia produtiva de orgânicos e auxiliando na formação dos acadêmicos extensionistas.
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