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Desafios para reorganização do processo de trabalho e articulação de redes na atenção à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes no Vale do São Francisco

Juliana Sampaio, Roseléia Carneiro dos Santos, Anna Cléa Ferreira da Silva

Resumo


A Atenção Básica da Saúde no Brasil é organizada, prioritariamente, pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) e deve desenvolver ações democráticas e participativas nos espaços coletivos, dentre elas as direcionadas à atenção dos adolescentes. Partindo desta prerrogativa, o presente trabalho tem como objetivo tecer algumas reflexões sobre os desafios para a articulação de redes sociais na implantação de novas modalidades de cuidado à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Para tanto, foi desempenhada uma pesquisaação (MORIN, 2004), com o suporte teórico do Construcionismo Social (SPINK; MEDRADO, 1999), na qual foram realizadas oficinas de trabalho com 72 profissionais de saúde objetivando o desenvolvimento de 128 rodas de conversas sobre sexualidade com cerca de 240 adolescentes, autorizados por seus pais ou responsáveis. Para construção das redes de cuidado, foram articuladas 7 escolas municipais, 1 escola militar, 1 CRAS, 1 ONG dirigida a jovens e 1 igreja católica. Os resultados indicam diversas dificuldades para o desenvolvimento de ações em saúde com adolescentes e sobre sexualidade. Tais dificuldades envolvem desde o perfil dos profissionais de saúde, centrado no modelo de atenção medicamentoso e especialista, que dificulta trabalhos participativos e dialógicos entre os profissionais, e entre eles e os adolescentes; até a falta de articulação da equipe de saúde com os equipamentos sociais locais, evidenciando a dificuldade dos mesmos trabalharem de forma intersetorial e no território, com vistas a uma atenção integral em saúde.

Palavras-chave


adolescentes; estratégia de saúde da família; práticas dialógicas; promoção da saúde sexual e reprodutiva; rede social

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ef.v0i6.32122