A extensão popular e biocêntrica: vivências em formação universitária no Ceará e Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i3.24863Palavras-chave:
extensão popular, educação biocêntrica, psicologia comunitária, universidade, saberes ameríndiosResumo
Este artigo é uma síntese de trabalhos e pesquisas que vêm sendo desenvolvidos no Núcleo de Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Ceará e na Universidade de Santa Cruz do Sul. São referências que combinam em suas metodologias a busca da autonomia através da mobilização comunitária e a educação popular e biocêntrica, que traz a discussão da Vida como centro do Universo. Desenvolvemos a relação entre extensão e sabedoria, a partir de estudos em Psicologia Comunitária com os povos ameríndios, especificamente os Guarani, problematizando o sentido de conhecimento e da própria extensão em sua relação com a pesquisa e o ensino na formação universitária. Para os povos Guarani a aprendizagem é desenvolvida como desejo de saber e inclui a corporeidade, a intuição, a espiritualidade e o pensamento dentro de um propósito coletivo de organização. Esta concepção sobre o conhecer é parte de nossa cultura, sendo muitas vezes deixada de lado por não representar o conhecimento europeu e econômico dominante, mas se encontra com as nossas práticas de formação universitária. A extensão possibilita uma formação integral e transdisciplinar, sendo necessária como formação humana e profissional.
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