SAÚDE MENTAL E ABORTO DECORRENTE DE VIOLÊNCIA SEXUAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v16i2.92841Resumo
O estigma e a discriminação ligados ao aborto, juntamente com políticas restritivas de acesso, a falta de autonomia sobre o próprio corpo, a submissão das mulheres aos seus parceiros e a negligência do Estado em relação à gravidez resultante de violência sexual, são fatores que impactam de forma direta quem busca o procedimento de aborto legal. Este estudo tem como objetivo aprofundar a compreensão dos aspectos que podem desencadear sofrimento psíquico no processo de busca pelo aborto em casos de violência sexual. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca em cinco bases de dados, cuja estratégia de busca recuperou 21 artigos que atendendo aos critérios foram analisados. Para a análise, os principais tópicos foram divididos em seis categorias, sendo elas: motivos e contextos psicossociais para a interrupção da gestação decorrente de uma violência sexual; sofrimento relacionado ao estigma social do aborto e aos papeis de gênero; os riscos potenciais ou danos à saúde mental pela tendência da patologização do aborto; sofrimento envolvendo as barreiras de acesso aos serviços de aborto; redes de apoio psicossocial que amenizam o sofrimento e auxiliam na efetivação do aborto seguro; políticas e programas de saúde sexual e reprodutiva efetivam direitos e protegem a saúde mental.
Palavras-chave: Aborto legal; Sofrimento psíquico; Abuso Sexual; Estigma; Determinação social da saúde; Saúde Sexual e Reprodutiva.
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