Segurança jurídica e coerência: uma reflexão sobre a uniformização de jurisprudência a partir da responsabilidade por abandono afetivo no STJ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v64i2.65449

Palavras-chave:

Uniformização de jurisprudência. Segurança jurídica. Legitimidade das decisões judiciais. Embargos de divergência. Abandono afetivo.

Resumo

Neste artigo, defendemos que esforços de uniformização jurisprudencial os quais não levem em conta a coerência do sistema jurídico têm um potencial de arbitrariedade incompatível com o projeto de Estado Democrático de Direito consagrado na Constituição Federal. Para fundamentar nossa posição, criticamos uma noção de segurança jurídica que se limite à previsibilidade do resultado das ações judiciais, deixando claro que a uniformização jurisprudencial se refere necessariamente à unificação da interpretação do direito e, portanto, das razões de decidir. Em seguida, expomos o papel essencial da coerência no processo de uniformização das razões de decidir. Por fim, explicitamos o risco de arbitrariedade da uniformização de jurisprudência feita sem atenção à coerência das razões de decidir, tomando como exemplo a tentativa de superação de divergência interna corporis a respeito da responsabilidade civil por “abandono afetivo” no Superior Tribunal de Justiça.

Biografia do Autor

Flavia Portella Püschel, FGV Direito SP

Professora Associada da FGV Direito SP. Doutora em Direito Civil pela USP.

Theófilo Miguel Aquino

Mestre em Direito e Desenvolvimento pela FGV Direito SP. Bacharel em Direito pela USP.

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Publicado

2019-08-30

Como Citar

Püschel, F. P., & Aquino, T. M. (2019). Segurança jurídica e coerência: uma reflexão sobre a uniformização de jurisprudência a partir da responsabilidade por abandono afetivo no STJ. Revista Da Faculdade De Direito UFPR, 64(2), 183–204. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v64i2.65449

Edição

Seção

Artigos