SHAKESPEARE E O DIREITO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v41i0.38318Resumo
Este trabalho pretende, a partir de O Mercador de Veneza de Shakespeare,
mostrar que uma nova maneira de se pensar o direito e a justiça deve levar em conta a imaginação literária, sublinhando, justamente, a cumplicidade que há entre o direito, a filosofia e a literatura. A filosofia e a teoria do direito devem não só pressupor, mas estarem comprometidas com as tramas que estão na base das suas problematizações. Shylock não perdoa o intrépido, embora melancólico mercador e reivindica o seu direito (seu contrato). Que direito? O que é o direito? Shylock e Antonio, judeu e cristão, agiota e mercador, ambos demandam justiça. Que justiça? E o que é a justiça? Como se pode observar, a prosa filosófica tradicional não é a única linguagem para as, intrincadas questões que são enfrentadas na esfera da filosofia e da teoria do direito. Tais questões podem surgir da emoção e da complexidade dos versos (e da prosa) shakespearianos.
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