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MUNDO: O WALTEN SOBERANO DE MARTIN HEIDEGGER E SEU ADVOGADO JACQUES DERRIDA

Gabriel Rezende de Souza Pinto

Resumo


Soberania e a questão do mundo. Seguindo a proposta de Jacques Derrida de ler de perto a vinda, a chegada da Soberania por meio do conceito de mundo em Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude e solidão, de Martin Heidegger, este artigo expande seu escopo para alcançar anteriores significados de mundo em sua obra. Este movimento permite uma compreensão muito mais ampla dos caminhos que conduzem Heidegger ao ponto em que a soberania se transforma em questão. Após esta recapitulação, guiada sobretudo pela Fenomenologia da vida religiosa e por Sobre a Essência do fundamento, são tratados os temas envolvidos na análise comparativa feita por Heidegger, a qual impede que o animal tenha acesso à diferença ontológica e, por essa mesma razão, coloca o ser humano, o Dasein, numa posição única de superioridade e solidão. Enquanto Heidegger está interessado em traçar uma linha que distingue os homens de todos os demais entes, Derrida ressalta como o verbo alemão walten é empregado com o objetivo de estabelecer aquela diferença com apoio em algo maior que qualquer espécie de poder onto-teo-lógico ou antropológico conhecido pela tradição filosófica. O walten apela para algo completamente outro: soberania para além de toda soberania, ultra-soberania.

Palavras-chave


Mundo; Soberania; Martin Heidegger.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rfdufpr.v56i0.33480