Interseccionalidade e fronteiras do conhecimento em Relações Internacionais
DOI:
https://doi.org/10.5380/cg.v14i2.98594Palavras-chave:
Fronteira, Conhecimento, Relações Internacionais, Metodologia.Resumo
O artigo analisa o caráter eclético, holístico e interdisciplinar das Relações Internacionais (RI), destacando seu potencial analítico diante de fenômenos globais complexos e interdependentes. Argumenta-se que, ao abordar temas na fronteira do conhecimento — como pandemias, mudanças climáticas, cibersegurança, migrações e outros —, as RI exigem escolhas metodológicas e disciplinares rigorosas, especialmente no tocante à atuação das Organizações Internacionais. Nesse contexto, as crises são vistas como motores do avanço científico, ao impulsionarem a investigação de fenômenos ainda pouco compreendidos. O texto defende que, para desbravar essas novas fronteiras com legitimidade científica, as RI devem combinar racionalmente sua vocação interdisciplinar com o respeito aos princípios fundamentais da ciência, como a objetividade, a clareza metodológica e o compromisso com evidências empíricas.
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