Os Princípios de Santiago para os Fundos Soberanos de Investimento: uma análise teórica

Autores

  • Pedro Lange Netto Machado Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5380/cg.v7i1.58157

Resumo

Este artigo analisa os Princípios de Santiago nos termos de um regime internacional em formação. Frente à ameaça de protecionismo financeiro por países apreensivos quanto à atuação de Fundos Soberanos de Investimento, estes princípios despontam como proposta de regulamentação neste âmbito. Não obstante, seu caráter estritamente voluntário suscita dúvidas e incredulidade quanto à sua real eficácia (PARK; ESTRADA, 2011). Diante de tais incertezas, o presente artigo verifica a hipótese de que os Princípios de Santiago representam, na realidade, um regime internacional em formação, que pode levar à ascensão de uma identidade coletiva entre seus participantes. Esta hipótese é sustentada pelas teorias de Krasner (1982) e de Keohane (1984), que proporcionam a base teórica acerca de regimes internacionais, e de Wendt (1999), que fundamenta a construção dessa possível identidade coletiva. Por meio das lentes teóricas desses autores, associadas aos estudos realizados pelo Fórum Internacional dos Fundos Soberanos de investimento, chega-se à confirmação da hipótese proposta..

Referências

ARIENTI, Patrícia F. F.; VIERA, Luan. A economia política dos Fundos de Riqueza Soberana. Contexto Internacional, v. 35, n. 1, Rio de Janeiro, Jan./Junho 2013.

COHEN, Benjamin J. Sovereign wealth funds and national security: the Great Tradeoff. International Affairs, 85:4, 2009, pp: 713-731.

FUNDS, International Forum of Sovereign Wealth. Santiago Principles. Disponível em: <http://www.ifswf.org/santiago-principles-landing/santiago-principles> Acessado em 14 de janeiro de 2018.

GILPIN, Robert. Global political economy: understanding the international economic order. Princeton University Press, 2001.

KEOHANE, Robert O. After Hegemony: cooperation and discord in the world political economy. Princeton: Princeton University Press, 2005.

KRASNER, Stephen G. Structural Causes and Regime Consequences: Regimes as Intervening Variables. International Organization, v. 36, n. 2, International Regimes, Spring 1982, pp: 185-205.

MEARSHEIMER, John J; WALT, Stephen M. Leaving Theory Behind: Why Hypothesis Testing Has Become Bad for IR. European Journal of International Relations, v. 19, n. 3, 2013, pp: 427-457.

NORTON, Joseph F. The Santiago Principles for Sovereign Wealth Funds: A case study for internacional financial standart-setting processes. Journal of International Economic Law, v. 13, n. 3, 2010.

PARK, Donghyun; ESTRADA, Gemma E. Developing Asia’s Sovereign Wealth Funds: The Santiago Principles and the case for self-regulation. Asian Journal of International Law, v. 1, n. 2, junho de 2011, pp: 383-402.

WENDT, Alexander. Social Theory of International Politics. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

XAVIER JR., Ely C. Fundos Soberanos de Investimento e imunidade de jurisdição. Revista Direito GV, v. 10, n. 1, SãoPaulo, Jan./Junho 2014.

Downloads

Publicado

2018-05-25

Como Citar

Machado, P. L. N. (2018). Os Princípios de Santiago para os Fundos Soberanos de Investimento: uma análise teórica. Conjuntura Global, 7(1). https://doi.org/10.5380/cg.v7i1.58157

Edição

Seção

Artigos de Fluxo Contínuo