"Freedom, Justice and Democracy":constructions of a "legal sensibility" in the zapatista discourse

Authors

  • Júnia Marúsia Trigueiro de Lima Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5380/cam.v10i1.16266

Keywords:

discurso zapatista, sensibilidade jurídica, Sociedade Civil, Direitos Humanos, Mandar Obedecendo

Abstract

O presente artigo foi extraído de uma pesquisa sobre discursos do Movimento Zapatista. Caracterizado inicialmente como uma insurgência armada formada por indígenas Maias, este movimento deve grande parte da sua visibilidade aos seus escritos que circulam pela internet em proporções globais. O objetivo deste texto é refletir sobre a construção de três categorias fundamentais para o embasamento do pleito zapatista: “liberdade, justiça e democracia”. Tais categorias moldam a percepção de uma “sensibilidade jurídica” no discurso. No entanto, para entender essa tríade, faz-se necessária uma fundamentação em construções êmicas acerca de atores e elementos que historicamente estão presentes na configuração do que os zapatistas entendem por estes pilares: o México, a Sociedade Civil, os Direitos Humanos e o “Mandar Obedecendo”.

Author Biography

Júnia Marúsia Trigueiro de Lima, Universidade de Brasília

Fiz graduação em ciências sociais pela Universidade de Brasília, trabalhei com etnologia indígena do nordeste (etnia Xucuru do Ororubá). Em 2009 recebi o título de mestre em antropologia pelo PPGAS da Universidade de Brasília. Trabalhei então nas áreas de antropologia da resistência; globalização; direitos humanos. Realizei uma etnografia de discursos do Movimento Zapatista, focando as suas construções êmicas.

References

BARTOLOMÉ, Miguel Alberto. 1996. “Movimientos Etnopoloticos y Autonomias Indigenas en Mexico”. Série Antropologia 209. Brasília.

FIGUEIREDO, G. G. 2006. A Guerra é o Espetáculo: Origens e transformações da estratégia do EZLN. 1. ed. São Carlos: RIMA/FAPESP.

GEERTZ, Clifford. 2004. O Saber Local: novos ensaios de antropologia interpretativa. 7ª Edição. Petrópolis: Editora Vozes.

KECK, Margaret E. & SIKKINK, Kathryn. 1998. Activist beyond borders. ITHACA: Cornell university press.

LIMA, Júnia Marúsia Trigueiro de. 2009. O “Caminhar das Palavras”: um estudo sobre formas de resistência no discurso zapatista (1994-2005). Dissertação de Mestrado em Antropologia. Brasília: Universidade de Brasília.

MATTIACE, Shannan L. 1998. Peasant and Indian Political Identity and Indian Autonomy in Chiapas, Mexico. 1970-1996. PhD. Diss. Austin: University of Texas.

MAYOR, Araceli Burguete Cal y. 2003. “The de Facto Autonomous Process. New Jurisdictions and Parallel Governments in Rebellion”. In J. Rus, Rosalva Aída Hernández de Castillo & Shannan Mattiace (eds.) Mayan Lives, Mayan Utopias. The Indigenous Peoples of Chiapas and the Zapatista Rebellion. Oxford: Rowman & Littlefield Publishers, Inc..

NASH, June. 2006. visiones Mayas: el problema de la autonomía en la era de la globalización. 2ª ed. Buenos Aires: Antropofagia.

RAMIREZ, Gloria Muñoz. 2003. EZLN: El fuego y la palabra. México: La Jornada Ediciones.

RAMOS, Alcida Rita. 1998. Ethnic Politics in Brazil. Wisconsin: The University of Wisconsin Press.

SPEED, Shannon & REYES, Alvaro. 2008. “Global Discourses on the Local Terrain: Human Rights in Chiapas”. In P. Pitarch, Shannon Speed & Xóchitl Leyva Solano (orgs.) Human rights in the Maya region. Duke University Press: Durham and London.

How to Cite

Lima, J. M. T. de. (2009). "Freedom, Justice and Democracy":constructions of a "legal sensibility" in the zapatista discourse. Campos - Revista De Antropologia, 10(1), 45–62. https://doi.org/10.5380/cam.v10i1.16266

Issue

Section

Artigos