As Pombogiras e o Comitê de Ética em Pesquisa: Acertos, acordos e encontros na encruzilhada
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v25i1.90375Palabras clave:
Encruzilhada, Pombogira, Comitê de Ética em Pesquisa, Composição.Resumen
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a experiência etnográfica de uma pesquisa com as Pombogiras e os encontros e desencontros até a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual de Campinas (CEP/Unicamp), buscando fazer dessa encruzilhada uma composição. Por se tratar de uma etnografia construída a partir da perspectiva apresentada pelas Pombogiras, sendo assim, do espírito que ocupa o corpo do sacerdote ou da sacerdotisa, foram se construindo alguns obstáculos em relação ao Comitê de Ética da Pesquisa. Esse texto nos propõe a reflexão sobre o que podemos aprender com as Pombogiras, a encruzilhada e os acertos para uma reflexão sobre a possibilidade de um encontro entre o campo, as Pombogiras e o CEP/Unicamp, pois assim como é preciso seguir a formalidade do CEP/Unicamp, também é preciso que o CEP/Unicamp conheça um pouco das especificidades de cada campo.
Citas
Anjos, José Carlos Gomes dos. (2006). Território da linha cruzada: a cosmopolítica afro- brasileira. Porto Alegre: UFRGS.
Anjos, José Carlos Gomes dos. (2008). A Filosofia Política da Religiosidade Afro-Brasileira como Patrimônio Cultural Africano. Debates do NER, 13, 77-96.
https://doi.org/10.22456/1982-8136.5248
Baniwa, Gersem Luciano. (2019). Antropologia colonial no caminho da antropologia indígena. Novos Olhares Sociais, vol. 2, n. 1, 22-40.
Bastide, Roger. (1961). O candomblé da Bahia: o tiro nagô. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Bevilaqua, Ciméa. (2010). Ética e planos de regulamentação da pesquisa: princípios gerais, procedimentos contextuais. In Soraya Fleischer, & Patrice Schuch (orgs.). Ética e regulamentação na pesquisa antropológica. (pp. 71-90) Brasília: Ed. UnB; Letras Livres.
Brasil. (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Cardoso, Vania Zikán. (2004). Trabalhando com espíritos: sinais enigmáticos da socialidade negra (Brasil). (Tese de Doutorado em Filosofia). Universidade do Texas em Austin.
Cardoso de Oliveira, Luís Roberto. (2004). Pesquisas em versus pesquisas com seres humanos. In Ceres Víctora et al. (orgs.). Antropologia e ética: o debate atual no Brasil. (pp. 33-44). Niterói: ABA; EdUFF.
Cardoso de Oliveira, Luís, Roberto. (2010). A antropologia e seus compromissos e/ou responsabilidades éticas. In Soraya Fleischer & Patrice Schuch (orgs.). Ética e regulamentação na pesquisa antropológica. (pp. 25-38) Brasília: Ed. UnB/Letras Livres.
Carvalho, José Jorge. (1994). Violência e caos na experiência religiosa: a dimensão dionisíaca dos cultos afro-brasileiros. In Carlos Eugênio Marcondes de Moura (org). As senhoras do pássaro da noite. São Paulo: EDUSP.
https://doi.org/10.22380/2539472X.1572
Castro Santos, Luiz Antonio de, & Jeolás, Leila. (2015). Apresentação: a pesquisa e sua ética, o poder e sua norma. Revista Brasileira de Sociologia, v. 3, n. 15, 11-30. https://doi.org/10.20336/rbs.92
Diniz, Debora, & Guerriero, Iara C. (2008). Ética na pesquisa social: desafios ao modelo biomédico. Revista Eletrônica de Comunicação & Informação e Inovação em Saúde, v. 2, n. Dez, p. Sup.78-90.
https://doi.org/10.3395/reciis.v2. Sup1.211pt
Ferreira, Luciane Ouriques. (2010). A dimensão ética do diálogo antropológico: aprendendo a conversar com o nativo. In Soraya Fleischer & Patrice Schuch (orgs.). Ética e regulamentação na pesquisa antropológica. (pp. 141-158). Brasília: Ed. UnB; Letras Livres.
Fleischer, Soraya. (2018). Uma antropóloga num Comitê de Ética em Pesquisa Social: um relato pessoal. Amazônica Revista de Antropologia (Online) 10 (2): 468 – 490.
Heibborn, Maria Luiza. (2004). Antropologia e saúde: considerações éticas e conciliação multidisciplinar. In Ceres Víctora et al. (orgs.). Antropologia e ética: o debate atual no Brasil. (pp. 57-64). Niterói: ABA; EdUFF.
Lapoujade, David. (2017). Potências do tempo. 2 ed. São Paulo: n-1 edições.
Mauss, Marcel (2017). Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de “eu”. In Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia. (pp. 387-417). 1ª Edição. São Paulo: Ubu Editora.
Mulago, Vicent. (1965). Um visage africain du christianisme, Presénce africaine, Paris.
Pignarre, Philippe, & Stengers, Isabelle. (2005). La sorcellerie capitaliste. Pratiques de désenvoutement. Paris: La Découverte
Santos, Antônio Bispo dos. (2015). Colonização, quilombos: modos e significações. INCT, Brasília.
Sarti, Cynthia. (2015) A ética em pesquisa transfigurada em campo de poder: notas sobre o sistema CEP/Conep. Revista Brasileira de Sociologia, v. 3, n. 15, 77-96. https://doi.org/10.20336/rbs.94
Schimidt, Maria Luisa Sandoval. (2015). Ética e regramento em pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais. Revista Brasileira de Sociologia, v. 3, n. 15, 113-132. https://doi.org/10.20336/rbs.96
Serra, Ordep. (2001). No caminho de Aruanda: a umbanda candanga revisitada. Afro-Ásia, 25-26: 215-256. https://doi.org/10.9771/aa.v0i25-26.21013
Strathern, Marilyn. (2000). Audit cultures: anthropological studies in accountability, ethics and the academy. European Association of Social Anthropologists.
Tempels, P. (2005). Filosofia Bantu. Ed. Medusa, Milano.
Víctora, Ceres. (2013). O ético e o legal nos processos de apropriação profissional da experiência social. In Cynthia Sarti, & Luiz Fernando Dias Duarte (Org.) Antropologia e ética: desafios para a regulamentação. (pp.106-130). Brasília-DF: ABA.
Viveiros de Castro, Eduardo. (2002). O nativo relativo. MANA 8 • (1) •113-148.
https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000100005
Wagner, Roy. (2017). A invenção da cultura. Trad. Marcela Coelho de Souza e Alexandre Morales. São Paulo: Ubu Editora.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1 Los autores conservan los derechos de autor del trabajo publicado bajo Creative Commons - Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) que permite:
Compartir: copiar y redistribuir material en cualquier medio o formato
Adaptar: remezclar, transformar y construir a partir del material.
De acuerdo con los siguientes términos:
Atribución: debe otorgar el crédito adecuado, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
No comercial: no puede utilizar el material con fines comerciales.
2 Los autores están autorizados a distribuir la versión del trabajo publicado en esta revista, en repositorios institucionales, temáticos, bases de datos y similares, con reconocimiento de la publicación inicial en esta revista;
3 Los trabajos publicados en esta revista serán indexados en las bases de datos, repositorios, portales, directorios y demás fuentes en las que la revista esté y estará indexada.
