Fragmentos y rumores de legalidad: un ensayo etnográfico sobre la experiencia de la ley en el servicio público

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5380/cra.v23i1.83159

Palabras clave:

burocracia, Servicio Público, leyes y reglamentos, rumores.

Resumen

Los estudios sobre universos burocráticos frecuentemente enfatizan la distinción entre reglas formales e informales, directrices oficiales y prácticas cotidianas. Partiendo de un proceso administrativo que apuró la exclusión irregular de descuentos en nómina de un órgano federal, propongo reflexionar sobre los modos de presencia de la legislación en el servicio público que interpelan esas oposiciones. Primeramente, describo cómo relatos de funcionarios sobre normas que deben ser contempladas en el cumplimiento de sus responsabilidades presentan un repertorio de fragmentos y rumores de lo que es legal, transmitido, sedimentado y transformado en las relaciones entre colegas y en el ejercicio de sus atribuciones funcionales. Considerando que este modo de experiencia de la legislación no es una peculiaridad del órgano administrativo en que el caso ocurrió, sugiero enseguida que la continua recombinación de rumores y fragmentos constituye un patrón diseminado y persistente no solo de la existencia de las normas en la administración pública, sino de la propia formación y transformación de sus instituciones.

Biografía del autor/a

Ciméa Barbato Bevilaqua, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Professora titular do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná. É doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (2002) e realizou estágios pós-doutorais na London School of Economics and Political Science (2010) e na Universidade Federal de São Carlos (2016). Atua nas áreas de antropologia do estado e do direito, com ênfase no estudo etnográfico de práticas burocráticas e técnicas jurídicas. 

Citas

Balsa, C. (2015). Correndo atrás de direitos: uma etnografia da Defensoria Pública da União em Curitiba (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Bevilaqua, C. B. (2010). Sobre a fabricação contextual de pessoas e coisas: as técnicas jurídicas e o estatuto do ser humano após a morte. Mana, 16(1), 7-29. https://doi.org/10.1590/S0104-93132010000100001

Bevilaqua, C. B. (2020). Burocracia, criatividade e discernimento: lições de uma cafeteira desaparecida. Revista de Antropologia, 63(3), e178843. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.178843

Bierschenk, T., & Olivier de Sardan, J-P. (2019). How to study bureaucracies ethnographically? Critique of Anthropology, 39(2), 243-257. https://doi.org/10.1177/0308275X19842918

Castro, M. S. M. de. (2012). A Integralidade Como Aposta: Etnografia de Uma Política Pública no Ministério da Saúde (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília, Brasília.

Das, V. (2014). The signature of the State: the paradox of illegibility. In: V. Das & D. Poole (eds.). Anthropology in the margins of the state (pp. 225 – 252). Delhi: Oxford University Press.

Donovan, P. (2007). How idle is idle talk? One hundred years of rumor research. Diogenes, 54(1), 59-82. https://doi.org/10.1177/0392192107073434

Felten, S., & Oertzen, C. von. (2020). Bureaucracy as knowledge. Journal for the History of Knowledge, 1(1), 8, 1-16. https://doi.org/10.5334/jhk.18

Fernandes, V. M. (2019). Cuidando da Saúde Financeira: Uma Etnografia sobre Endividamento (Tese de Doutorado). Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Greenhouse, C. (1989). Just in time: temporality and the cultural legitimation of law. The Yale Law Journal, 98, 1631–51. https://bit.ly/3D93yXP

Hoag, C., & Hull, M. (2017). A review of the anthropological literature on the civil service. Policy Research Working Paper, 8081. World Bank Group, Development Research Group, Impact Evaluation Team. http://hdl.handle.net/10986/26953

Hull, M. (2012). Government of paper: the materiality of bureaucracy in urban Pakistan. Berkeley & Los Angeles: University of California Press.

Maricato, G. (2015). Atingidos pela Hanseníase, Reparados pelo Estado: as Múltiplas Histórias Performadas da Lei 11.520/2007 (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Marrara, T. (2014). As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista Digital de Direito Administrativo, 1(1), 23-51. https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v1i1p23-51

Mathur, N. (2016). Paper tiger: law, bureaucracy, and the developmental state in Himalayan India. Delhi: Cambridge University Press.

Menezes, P. (2020). Teorias dos rumores: comparações entre definições e perspectivas. Sociabilidades Urbanas, 4(12), 21- 42. https://bit.ly/3uy70YE

Miranda, A. P. M. (2012). Fisco e cartórios: exemplos de burocracia à brasileira. In A. C. de Souza Lima (coord.). Antropologia e direito: temas antropológicos para estudos jurídicos (pp. 276 - 285). Brasília / Rio de Janeiro / Blumenau: Associação Brasileira de Antropologia / LACED / Nova Letra.

Queiroz, M. S. (2021). “Governador, Somos Especialistas na Eficiência do Estado”: Um olhar sobre o (des)fazer Estado a partir da trajetória da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e da luta contra sua extinção (Dissertação de Mestrado). Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Scott, J. C. (1990). Domination and the arts of resistance: hidden transcripts. New Haven & London: Yale University Press.

Star, S. L. (1999). The ethnography of infrastructure. American Behavioral Scientist, 43(3), 377–91. https://doi.org/10.1177/00027649921955326

Stewart, P. J., & Strathern, A. (2004). Rumor and gossip: an overview. In P. J. Stewart, & A. Strathern. Witchcraft, sorcery, rumors, and gossip (pp. 29 – 58). Cambridge: Cambridge University Press.

Teixeira, C. C., Lobo, A., & Abreu, L. E. (2019). Nada precisa ser como é: etnografias das instituições, práticas de poder e dinâmicas estatais. In C.C. Teixeira, A. Lobo, & L. E. Abreu (orgs.). Etnografias das instituições, práticas de poder e dinâmicas estatais (pp. 7 - 21). Brasília: ABA Publicações.

Weber, M. (1982 [1946]). Burocracia. In H. H. Gerth, & C. Wright Mills (orgs.). Max Weber – Ensaios de Sociologia (pp. 229 - 282). Rio de Janeiro: LTC Editora.

Publicado

2022-06-30

Cómo citar

Bevilaqua, C. B. (2022). Fragmentos y rumores de legalidad: un ensayo etnográfico sobre la experiencia de la ley en el servicio público. Campos – Revista De Antropologia, 23(1), 198–221. https://doi.org/10.5380/cra.v23i1.83159

Número

Sección

Artigos