“Cravados do tempo”: entre territorialidades y conjugar partidas en un entrelazarse con fotografías

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5380/cra.v23i1.79201

Palabras clave:

Interlocución, emociones, fotografías, cementerios, memoria

Resumen

Este ensayo fotoetnográfico propone experimentalmente entrelazamientos de emociones e “interlocución compartida”. Partiendo de un conjunto de imágenes capturadas en dos cementerios busco hacer memoria en dos tiempos: procesos de luto y modos de lidiar con las emociones en campo por medio de fotografías y plantas. Fotografías vinculadas a una exposición y a lo que podría ser comprendida como una dimensión externa de la actividad etnográfica, muestran su cara permeable. La articulación entre jardines y cementerios del trabajo artístico visitado se desdobló en trayectos de temas con los cuales yo me relacionaba a través de la aproximación y el distanciamiento, respectivamente. El conjunto fotográfico, revisitado después de la partida de Luara y Amanda, dos mujeres con las que compartí interlocución, unió, a un solo tiempo, la revisita de los modos de relación con imágenes y vegetales en los procesos subjetivos, los vínculos de plantas y fotografías como temas de trabajo relacionados con la interlocución compartida y la atribución de sentido a los dos espacios cementeriales.

Biografía del autor/a

Natalia Negretti, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo

Doutoranda em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pela área Estudos de Gênero. Estágio doutoral na Universidade de Buenos Aires (UBA), pela Red de Macro Universidades de América Latina y el Caribe (2019). Especialista em Gerontologia pela Faculdade de Educação em Ciências da Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (2020). Mestra em Ciências Sociais (PUCSP-2015). Bacharel em Sociologia e Política (2010) pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. A dissertação, "Madá e Lena entrecruzadas, dois dramas em trama: entre percursos numa tragédia social e uma constituição possível", sob orientação de Rosemary Segurado, teve como foco prisões femininas e objetivou compreender a gestão dos vínculos entre agentes do sistema prisional e mulheres em situação de aprisionamento a partir de duas trajetórias de vida. O doutorado em andamento, "Trajetórias de mais idade e Instituições de distintas temporalidades: juntando soslaios sobre gerações institucionais, trânsitos, gênero e curso da vida", sob orientação de Isadora Lins França, objetiva investigar trajetórias e trânsitos de pessoas consideradas etariamente idosas e mudanças em instituições a partir de políticas sociais. Tem interesse pelas áreas de antropologia e sociologia, com ênfase em estudos de gênero e sexualidade, curso da vida, gestão de populações, prisões, instituições, população em situação de rua, memória e trajetórias de vida.

Citas

Achutti, L. (1997). Fotoetnografia: um estudo de antropologia visual sobre cotidiano, lixo e trabalho. Porto Alegre: Tomo Editorial; Palmarinca.

Agamben, G. (2009). O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos.

Birman, J. (2015). Terceira idade, subjetivação e biopolítica. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 22(4), 1267- 1282. https://doi.org/10.1590/S0104-59702015000400007

Bourdieu, P. (2006). A ilusão biográfica. In J. Amado, & M. Ferreira (orgs). Usos e abusos da história oral (pp. 183-191). Rio de Janeiro: Editora FGV.

Bruno, F. (2003). Retratos da Velhice, um duplo percurso: metodológico e cognitivo (Dissertação de Mestrado). Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Calvino, I. (2015). Personagens e Nomes. In M. Barenghi. Mundo escrito e mundo não escrito – Artigos, conferências e entrevistas. São Paulo: Companhia das Letras.

Carsten, J. (2014). A matéria do parentesco. Revista de Antropologia da UFSCar - R@U, 6 (2), 103-118. https://doi.org/10.52426/rau.v6i2.125

Coccia, E. (2018). A vida das plantas: uma metafísica da mistura. Florianópolis: Desterro; Cultura e Barbárie.

Coelho, M. (2019). As emoções e o trabalho intelectual. Horizontes antropológicos, 25(54), 273-297. https://doi.org/10.1590/S0104-71832019000200011

Crapanzano, V. (1991). Diálogo. Anuário Antropológico, 88, 59-80. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6410

DaMatta, R. (1978). O ofício de etnólogo, ou como ter ‘anthropological blues’. Boletim do Museu Nacional: Antropologia, 27, 1-12. https://revistas.ufrj.br/index.php/bmn/article/viewFile/49240/26886

Debert, G. (1998). A antropologia e o estudo dos grupos e das categorias de idade. In M. Barros (org.) Velhice ou Terceira Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e politica. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas.

Debray, R. (1993). Vida e morte da imagem: uma história do olhar no ocidente. Petrópolis: Vozes.

Didi-Huberman, G. (2015). Falenas: ensaios sobre a aparição, 2. Lisboa: KKYM.

Fonseca, C. (2007). O anominato e o texto antropológico: Dilemas éticos e políticos da etnografia 'em casa'. Teoria e Cultura 2(1;2), 39-53. https://periodicos.ufjf.br/index.php/TeoriaeCultura/article/view/12109

Foucault, M. (2013). De espaços outros. Estudos Avançados, 27(79), 113-122. https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/68705/71285

Foucault, M. (2013). Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

França, I. (2010). Consumindo lugares, consumindo nos lugares: homossexualidade, consumo e produção de subjetividades na cidade de São Paulo (Tese de Doutorado). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Gomes, E., & Menezes, R. (2008). Etnografias possíveis: “estar” ou “ser” de dentro. Ponto Urbe, 3. https://doi.org/10.4000/pontourbe.1748

Hansberg, O. (1996). De las emociones morales. Revista de Filosofía, 16, 151-170. https://revistas.ucm.es/index.php/RESF/article/view/RESF9696220151A/10971

Haraway, D. (1995). Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 07-41. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

Ingold, T. (2015). Estar Vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Vozes.

Kossoy, B. (1989). Fotografia e História. São Paulo: Ática.

Mãe, V. (2011). A máquina de fazer espanhóis. São Paulo: Cosac Naify.

Magni, C. (1995) O uso da fotografia na pesquisa sobre habitantes da rua. Horizontes antropológicos, 1(2), 141-149.

Mauss, M. (1979). A expressão obrigatória dos sentimentos. In R. Cardoso de Oliveira (org). Marcel Mauss. São Paulo: Ática.

Mignolo, W. (2017). Desafios coloniais hoje. Revista Epistemologias do Sul, 1(1), 12-32. https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/772/645

Motta, A. (2002). Gênero e Geração: de articulação fundante à “mistura indigesta”. In: S. Ferreira & E. Nascimento (orgs). Imagens da mulher na cultura contemporânea Salvador: NEIM/ UFBA.

Negretti, N. (2018). Entrechos anônimos em territorial idade. Exposição Fotográfica. 42o Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu.

Negretti, N. (2020). O indeterminado cravado do tempo: uma performance da sensação perante o ofício-pesquisa no revelar das folhas. Cadernos Lepaarq, 17 (33), 212-222. HTTPS://DOI.ORG/10.15210/LEPAARQ.V17I33.16176

Padovani, N. (2018). Sobre casos e casamentos: afetos e amores através de penitenciárias femininas em São Paulo e Barcelona. São Carlos: EduFSCar.

Peixoto, C (1998). Entre o estigma e a compaixão e os termos classificatórios: velho, velhote, terceira idade. In: M. Barros (org). Velhice ou Terceira Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e politica. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas.

Rancière, J. (2005). A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO experimental; Ed. 34.

Ribeiro, A., & Lourenço, A. (2000). Discurso tentativo sobre o anonimato. Soc. estado. 16 (1-2), 113-132. https://doi.org/10.1590/S0102-69922001000100006

Ribeiro, A. (2013). Sujeito corporificado e biotética: caminhos da democracia. In Ribeiro, A. (org). Por uma sociologia do presente: ação, técnica e espaço. Vol. 2. Rio de Janeiro: Letra Capital.

Samain, E. (1997). O que vem a ser portanto um olhar? Prefácio. In L. Achutti. Fotoetnografia: um estudo de antropologia visual sobre cotidiano, lixo e trabalho. Porto Alegre. Tomo Editorial; Palmarinca.

Samain, E. (2012). As imagens não são bola de sinuca. Como pensam as imagens. In E. Samain (org). Como pensam as imagens. Campinas: Editora da Unicamp.

Santos, M. (2005) O retorno do território. Observatorio Social de América Latina. 6(16): 251-261. http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/osal/osal16/D16Santos.pdf

Tótora, S. (2008). Apontamentos para uma ética do envelhecimento. Revista Kairós, 11(1), 21-38. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2008v11i1p%25p

Tótora, S. (2015). Velhice: uma estética da existência. São Paulo: EDUC; Fapesp.

Villaca, A. (2017). Paletó e eu: memórias do meu pai indígena. Questões Antropológicas. Revista Piauí. (133). https://piaui.folha.uol.com.br/materia/paleto-e-eu/

Weber, F. (2009). A entrevista, a pesquisa e o íntimo ou por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, 15(32), 157-170. https://doi.org/10.1590/S0104-71832009000200007

Publicado

2022-06-30

Cómo citar

Negretti, N. (2022). “Cravados do tempo”: entre territorialidades y conjugar partidas en un entrelazarse con fotografías. Campos – Revista De Antropologia, 23(1), 248–277. https://doi.org/10.5380/cra.v23i1.79201

Número

Sección

Ensaios