Nokẽ mevi revõsho shovima awe: "o que é transformado pelas pontas das nossas mãos"
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v19i1.61162Palabras clave:
Marubo, clãs marubo, mulheres indígenas, artes maruboResumen
Este artigo resulta de uma dissertação, na qual apresentei a importância do trabalho manual das mulheres marubo, com foco nas suas próprias palavras, as principais inspiradoras da pesquisa de mestrado e que são oriundas das aldeias Boa Vista e Nazaré do rio Ituí e nas aldeias Maronal e São Sebastião do rio Curuçá, na Terra Indígena do Vale do Javari (Amazônia ocidental). Explico a relação entre o saber-fazer dessas mulheres e o pertencimento de cada uma delas aos diversos subgrupos clânicos marubo, de forma a ressaltar, a partir do seu próprio ponto de vista, as distinções no trabalho das artesãs conforme cada subgrupo clânico e a diferenciação entre mevῖsho shoĂima awe, ‘trabalho das mãos’, e mevi revõsho shoĂima awe, ‘produção das pontas das mãos’. Incluo um pequeno relato sobre as descobertas de novos materiais para a confecção de adornos no contato com nawa-rasῖ, seus valores e significados, a imbricação de tradição e inovação.
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