Why do colonos drink instant coffee?
Hypotheses on change and permanence of peasant labor
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v26i(1).97497Abstract
Although peasant cooking is often characterized by artisanal preparation of food, among colonos in the South of Brazil, it is common to consume a modern kind of coffee: instant coffee. Comparing fieldwork among colonos and examples from ethnographic literature on other peasant groups, this article explores some hypotheses which explain this apparent cooking contradiction. The most coherent thesis is the one which postulates a selective permeability of labor processes within the peasant farm. The fact that coffee is not produced locally by the colonos facilitates change in its mode of consumption. The article takes the problem of peasant self-sufficiency forward to other aspects of social life (architecture, mutual aid, agricultural machinery) in order to observe the response to changes: the redefinition of social boundaries of what it a peasant is, generating the necessary base for the rise of the “Agro” category as encompassing of rural life.
Keywords: Rural Anthropology; Anthropology of Food and Eating; Colonos; Labor; Agro.
References
Akrich, M. (2014). Como descrever os objetos técnicos? Boletim Campineiro de Geografia, 4(1), 161–182.
Almeida, M. (2007). Narrativas agrárias e a morte do campesinato. Ruris, 1(2), 157–186.
Bataille, G. (2014). A noção de dispêndio. In A parte maldita (pp. 19–33). São Paulo: Autêntica.
Belem, R. (2019). A construção da categoria agricultura familiar no Mercosul: um estudo a partir dos casos do Brasil e da Argentina (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Bloemer, N. (2000). Brava gente brasileira: migrantes italianos e caboclos nos campos de Lages. Cidade Futura.
Bourdieu, P. (2006). O camponês e seu corpo. Revista de Sociologia e Política, 26, 83–92.
Brandão, C. R., & Ramalho, J. (1986). Campesinato goiano. UFG.
Brandão, C. R. (1995). A partilha da vida. Geic/Cabral Ed.
Carneiro, A. (2015). O povo parente dos buracos. E-Papers.
Cesarino, L. (2017). O “camponês” enquanto contexto: transferência de tecnologia em um projeto de cooperação sul-sul. In C. Sautchuk (Org.), Técnica e transformação: perspectivas antropológicas (pp. 69–94). ABA Publicações.
Fonseca, L. M. da. (2019). Assentar gente e semente: circuitos domesticadores entre agricultoras e plantas no assentamento de reforma agrária 12 de julho – RS (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Instituto Socioambiental (ISA). (2017). Dossiê: Sistema agrícola tradicional quilombola do Vale do Ribeira - SP (Vol. I). São Paulo: Instituto Socioambiental. https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/03D00023.pdf. Acesso em 22 ago. 2024.
Liedke, É. (1977). Capitalismo e camponeses: relações entre indústria e agricultura na produção de fumo no Rio Grande do Sul (Dissertação de Mestrado). Universidade de Brasília, Brasília.
Marx, K. (2017). O capital – Livro I: O processo de produção do capital. Boitempo.
Mauss, M. (2005). Ensaio sobre a dádiva. In M. Mauss, Sociologia e antropologia (pp. 149–176). Cosac Naify.
Menasche, R. (2004). Capinar: Verbo conjugado no feminino? Notas de pesquisa sobre gênero e percepções de risco na agricultura familiar. Cuadernos de Desarrollo Rural, 53, 25–36.
Menasche, R. (Org.). (2007). A agricultura familiar à mesa: saberes e práticas da alimentação no Vale do Taquari. Editora da UFRGS.
Miller, D. (1997). Coca-cola: A black sweet drink from Trinidad. In D. Miller (Ed.), Material cultures (pp. 169–187). Londres: UCL Press/University of Chicago Press.
Nascimento, R. (2009). Elementos do comportamento do consumo através da comunicação da marca. Communicare, 9(1), 137–147.
Oliveira, N. R. (2009). Sabores na história: um estudo a partir dos saberes e fazeres alimentares de agricultores familiares de Jaboticaba, RS (Dissertação de Mestrado). Santa Maria, RS: Universidade Federal de Santa Maria.
Paulilo, M. I. (1987). O peso do trabalho leve. Ciência Hoje, 5(28), 64–70.
Seyferth, G. (1982). A representação do trabalho alemão na ideologia étnica teuto-brasileira. Boletim do Museu Nacional, 37, 1–33.
Sigaut, F. (1994). Technology. In T. Ingold (Ed.), Companion encyclopedia of anthropology: humanity, culture and social life (pp. 420–459). Routledge.
Tavares dos Santos, J. V. (1978). Os colonos do vinho: estudo sobre a subordinação do trabalho camponês ao capital. Hucitec.
Wedig, J., & Menasche, R. (2008). Comida e classificações: homens e mulheres em famílias camponesas. Caderno Espaço Feminino, 20(2), 57–74.
Wedig, J. (2009). Agricultores e agricultoras à mesa: um estudo sobre campesinato e gênero a partir da antropologia da alimentação (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Weimer, G. (2005). Arquitetura popular da imigração alemã. Editora da UFRGS.
Woortmann, E. (2009). O saber camponês: práticas ecológicas tradicionais e inovações. In E. P. Godoi et al. (Org.), Diversidade do campesinato: Expressões e categorias (Vol. 2, pp. 245–266). Editora Unesp.
Woortmann, E. (2013). A comida como linguagem. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, 11(1), 5–17.
Woortmann, E., & Woortmann, K. (1997). O trabalho da terra: a lógica e a simbólica da lavoura camponesa. Editora Universidade de Brasília.
Woortmann, E., & Cavignac, J. (2016). Ensaios sobre a antropologia da alimentação: saberes, dinâmicas e patrimônios. EDUFRN.
Woortmann, K. (1982). A transformação da subordinação. Anuário Antropológico, 6(1), 204–229.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
1 Authors retain copyright to work published under Creative Commons - Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) which allows:
Share — copy and redistribute material in any medium or format
Adapt — remix, transform, and build upon material
In accordance with the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes have been made. You must do so under any reasonable circumstances, but in no way that suggests that the licensor endorses you or your use.
Non-Commercial — You may not use the material for commercial purposes.
2 Authors are authorized to distribute the version of the work published in this journal, in institutional, thematic, databases and similar repository, with acknowledgment of the initial publication in this journal;
3 Works published in this journal will be indexed in databases, repositories, portals, directories and other sources in which the journal is and will be indexed.
