Open Journal Systems

Mulher, Vida e Liberdade: gênero, etnicidade e ecologia no movimento de mulheres Curdas em Rojava

Flávia Paniz

Resumo


O presente artigo busca apresentar um debate sobre as articulações entre gênero, etnicidade e ecologia nos movimentos organizados de mulheres curdas, situados majoritariamente no território declarado autônomo conhecido como Kobane, na Região Norte da Síria. No texto, apresentarei uma breve trajetória dos movimentos de luta pela autonomia do Curdistão ao longo do século XX e as negociações das categorias de igualdade de gênero, que vem sendo mobilizada e promovida pelo movimento de mulheres curdas como pilar do movimento de fundação de uma nação curda. Como conclusão, apresentarei uma reflexão sobre como o lema Jîn, Jîan e Azadî (mulher, vida e liberdade, respectivamente), que orienta as perspectivas de restruturação da vida produtiva e reprodutiva das mulheres curdas, e como esse processo pode dialogar com os debates do campo da ecologia e dos feminismos pós-coloniais produzidos a partir de estudos e reflexões sobre diferentes comunidades indígenas e quilombolas na América Latina.


Palavras-chave


questão curda; gênero; ecologia; Oriente Médio

Texto completo:

PDF

Referências


AL-ALI, Nadje; PRATT, Nicola. 2011. “Between nationalism and women’s rights”: the kurdish women’s movement in iraq. Middle East journal of culture and communication: Leiden. pp. 337–353.

BOZARSLAN, Hamit. 2007. “La question Kurde. États, minorities au Moyen-Orient”. Paris: Presses de la fondation nationale des Sciences Politiques.

COSTA, Alexandre Araújo. 2014. “Sobre Crise Ecológica, Violência e Capitalismo no Século XXI”. Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia , Rio de Janeiro.

DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2015. Há mundo por vir? Ensaios sobre os medos e os fins. São Paulo: Instituto Socioambiental.

DONOVAN, Josephine. 1990. “Animal Rights and Feminist Theory”. Signs 15 (2): 350-375. https://doi.org/10.1086/494588

ESBORRAZ, David Fabio. 2016. “El modelo ecológico alternativo latinoamericano entre protección del derecho humano al medio ambiente y reconocimiento de los derechos de la naturaliza”. Rev. Derecho Estado n°.36 Bogotá Jan./June. https://doi.org/10.18601/01229893.n36.04

FAUSTO, Juliana. 2014. “Os desaparecidos do Antropoceno”.

Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro.

FLACH, Anja. 2007. Frauen in der kurdischen guerilla: motivation, identität und geschlechterverhältnis in der frauenarmee der pkk. Köln: papyrossa publishers.

GIRALDO, Omar Felipe. 2014. “Utopías en la era de la supervivencia. Una interpretación del Buen Vivir”. Polis 14 (40). https://doi.org/10.4067/S0718-65682015000100027

GUNES, Cengiz. 2012. The Kurdish National Movement in Turkey: From protest to resistance. London e New York: Routledge publishers. https://doi.org/10.4324/9780203180860

HAIDAR, Victoria; BERROS, María Valeria. 2015. “Hacia un abordaje multidimensional y multiescalar de la cuestión ecológica: La perspectiva del buen vivir”. Revista Crítica de Ciências Sociais 108. https://doi.org/10.4000/rccs.6133

KOWARSCH, Kilic. 2007. Psychological consequences of trauma experiences on the development of kurdish migrant women in the european union. Final results and background of a survey in five european countries and Turkey. Rotterdam: International free women’s foundation.

LOZADA, Ricardo Andrés. 2016. “O sistema internacional no antropoceno”. Revista Brasileira de Ciências Sociais 31 (92). https://doi.org/10.17666/319201/2016

LUGONES, María. 2014. “Rumo a um feminismo descolonial”.

Estudos Feministas , 22(3): 935-952. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300013

MINA ROJAS, Charo; MACHADO, Marilyn; BOTERO MOSQUERA, Patricia; ESCOBAR, Arturo. 2015. “Luchas del buen vivir por las mujeres negras del Alto Cauca”. Nómadas, 43. "Luchas del buen vivir por las mujeres negras del Alto Cauca". Nómadas, n°.43. https://doi.org/10.30578/nomadas.n43a10

MOJABI, Shahrzad. 2001. “The solitude of the stateless: kurdish women at the margins of feminist knowledge”. In: Women of non-state nation: the kurds. Mazda publishers, p.1-22.

NODARI Alexandre. 2014. “Limitar o limite: modos de subsistência”. Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro.

ÖCALLAN, Abdullah. 2008. Guerra e paz no Curdistão. Perspectivas para uma solução política da questão curda. International initiative freedom for abdullah ocalan- peace in kurdistan, Köln.

ÖCALLAN, Abdullah. 2016. Confederalismo Democrático. Rio de Janeiro: Editorial Rizoma.

ROMANO, David. 2006. The Kurdish Nationalist Movement Opportunity, mobilization, and identity.New York: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9780511616440

STENGERS, Isabelle. 2014. “Gaia, the Urgency to Think (and Feel)”. Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro.

TADDEI, Renzo. 2014. “Alter geoengenharia”. Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro.

VALENCIA, Érika Carcaño. 2008. “Ecofeminismo y ambientalismo feminista. Una reflexión crítica”. Argumentos 21 (56).

VALENTIM, Marco Antonio. 2014. “A sobrenatureza da catástrofe”. Anais de eventos: Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2010. Metafisicas canibales. Lineas de antropología pós estructural. Buenos Aires/ Madrid: Katz Editores. https://doi.org/10.2307/j.ctvm7bdz4




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/cra.v19i2.62051

Apontamentos

  • Não há apontamentos.