Jogos Olímpicos da Juventude: a ‘menina dos olhos’ do Comitê Olímpico Internacional?
DOI:
https://doi.org/10.5380/ra.v16i1.96565Keywords:
Jogos Olímpicos da Juventude, Organização espacial, Programação híbrida.Abstract
O presente estudo se propõe a analisar e discutir as principais características dos Jogos Olímpicos da Juventude ou Youth Olympic Games (YOG), com destaque para a organização espacial empreendida durante a edição realizada na cidade de Buenos Aires, em 2018 (YOG-2018). Para tanto, procedemos com uma observação in loco durante o referido megaevento esportivo e produzimos um breve comparativo com os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Os resultados indicam que os YOG-2018 foram marcados, dentre outras coisas, por uma diversidade de atividades recreativas, culturais e educacionais ofertadas nos Parques de competições olímpicas, mas, de forma descolada da programação esportiva. Ou seja, tais atividades ocorreram não apenas no hiato existente entre as disputas olímpicas – tal como ocorre nos JO de verão –, mas, de forma simultânea em outros espaços, o que pode ajudar a justificar as gigantescas filas que se formavam na entrada dos Parques temáticos, bem como a grande procura por essas atividades. Ademais, parece-nos que a referida programação híbrida direcionada não apenas para os jovens atletas olímpicos, como também para o próprio público presente nos YOG-2018, poderiam ajudar a justificar o trato dos YOG como uma espécie de “menina dos olhos” do COI.
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