Central da Periferia e o Debate sobre a Valorização Cultural: Como Estado de Minas, Veja, Observatório da Imprensa e seus Públicos Receberam esse Programa
DOI:
https://doi.org/10.5380/am.v1i9.38005Palavras-chave:
Representações sociais, Valorização cultural, Central da Periferia.Resumo
Neste artigo, refletiremos sobre os sentidos acionados pelos colunistas e pelos leitores-internautas do Estado de Minas e dos sites da Veja e Observatório da Imprensa em suas interpretações sobre o programa televisivo Central da Periferia (2006). O objetivo desse programa foi apresentar as práticas culturais populares em seu contexto de surgimento com a intenção de valorizá-las e inseri-las no panorama cultural brasileiro. A análise do material recortado nos permite compreender como essa tentativa de valorização cultural promovida pelo programa foi recebida e debatida nesses veículos midiáticos e conduziu à problematização sobre as formas sociais de valorização cultural. Notamos que a maioria dos argumentos contrários ao programa, bem como às práticas culturais e aos artistas apresentados, é sustentada por representações sociais arraigadas, nas quais preconceitos de classe e discursos elitistas são reforçados. Assim, este estudo nos permite entender, com base nas manifestações tanto dos colunistas quanto dos leitores internautas, que os processos de valorização cultural não estão desvinculados de um embate a respeito do lugar social dos grupos populares. Desta forma, esta análise contribui para a reflexão sobre como as relações sociais afetam os processos de valorização cultural no Brasil.
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