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Doce, Proibido, Tentador: A Quaternidade Mítica E O Papel Da Comida No Filme Chocolate

Arthur Franco, Hertz Wendel de Camargo

Resumo


O presente trabalho busca analisar, sob a ótica da teoria da quaternidade mítica proposta por Canevacci (1990), o papel da comida e o seu poder impulsionador da sociabilidade no filme Chocolate (Lasse Hallström, 2000). Partindo da metodologia de análise fílmica proposta por Vanoye e Goliot-Lété (1994), buscamos identificar no componente diegético do filme os vínculos dos personagens com o chocolate, por meio de um referencial teórico que encara a comida como objeto de ligação social e mediador das práticas entre os sujeitos. As relações entre os arquétipos propostos por Canevacci (1990) são moldadas e modificadas pela inserção do chocolate e suas significações no ambiente conservador da obra, já que o doce atua como item de desejo, repulsa, pecado e modificação gregária e identitária ao longo do filme. Os resultados indicam a quaternidade mítica como elemento coesivo da estrutura diegética do filme, com evidente destaque para a capacidade dos hábitos alimentares de criar, reafirmar e reorganizar comportamentos.


Palavras-chave


Canevacci; Chocolate; Comida; Filme; Mito.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/2238-0701.2019n18.09