Efeito da dexmedetomidina sobre o requerimento de propofol para a indução anestésica em cães
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v28i2.86825Palavras-chave:
Dexmedetomidina, Coindução, Indução da anestesia, Propofol, CãesResumo
Objetivou-se avaliar o efeito coindutor e cardiorrespiratório da dexmedetomidina (DXD) sobre a dose de propofol para a indução anestésica em cães. Foram utilizados 24 cães machos, idade média de 2,5(±2) anos e peso médio de 10,9(±1) kg. Os animais foram pré-medicados, IM, com acepromazina e morfina, nas doses de 0,05 mg/kg e 0,5 mg/kg, respectivamente, alocados aleatoriamente em três tratamentos de indução da anestesia (n:8): GDI (DXD 5 µg/kg e propofol dose efeito); GDII (DXD 2,5 µg/kg e propofol dose efeito); ou GC (propofol dose efeito) e manutenção anestésica realizada com isoflurano. Os parâmetros cardiovasculares, foram avaliados imediatamente antes da administração do coindutor (M0), antes da administração do propofol (M1); imediatamente após a intubação (0 minutos) (M2), e aos 2 e 5 minutos após a intubação (M3 e M4), respectivamente. Utilizou-se ANOVA seguido de Dunnet para dados paramétricos, e Friedman, seguido de Kruskall-Wallis, para não paramétricos (p˂0,05). A dose de propofol necessária para a indução anestésica foi de 2,64(±0,51) mg/kg para o grupo GC, enquanto para o GDI e GDII foi de 1,63(±0,37) mg/kg (p=0,0056) e 1,47(±0,52) mg/kg (p=0,0061), representando uma redução de 38,25% e 44,31% no requerimento de propofol, respectivamente. Os menores valores para a frequência cardíaca ocorreram em M1 em relação ao M0, com diminuição de 44,5% (p=0,0036) e 51,06% (p=0,0048) e 4,34% (p=0,76) para GDI, GDII e GC, respectivamente. Conclui-se que a DXD reduz significativamente o requerimento de propofol para a indução da anestesia em cães, podendo ser utilizada como adjuvante na indução da anestesia.
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