OCORRÊNCIA DA ESPOROTRICOSE HUMANA E FELINA EM PIRAQUARA, PARANÁ, BRASIL: UM ALERTA PARA A EXPANSÃO DA DOENÇA

Autores

  • Fernanda Paula da Silva Torres Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná
  • Ingridy Fhadine Hartmann Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná
  • Suzana Maria Rocha Unidade de Vigilância de Zoonoses - Prefeitura de São José dos Pinhais
  • Elizabete Balbino Javorouski Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara, Paraná
  • Vivien Midori Morikawa Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná
  • Marcia Oliveira Lopes Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/avs.v27i4.84666

Palavras-chave:

infecção por Sporothrix, vigilância epidemiológica, Zoonoses

Resumo

O objetivo deste trabalho foi identificar a ocorrência e o perfil epidemiológico da esporotricose humana e felina no município de Piraquara, Paraná, Brasil. Foram analisadas as fichas de casos humanos e felinos, notificados entre os anos de 2017 e 2021 pelo Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do município em estudo. Os dados obtidos foram tabulados e analisados em planilhas do programa de software Microsoft Excel® e, por meio do software de sistema de informação geográfica QGIS® (versão 3.16.14), foram construídos mapas de georreferenciamento dos casos de esporotricose felina para determinação da distribuição espacial da doença no município. Foram identificados 30 casos humanos da doença, onde, 66,7% (n=20) eram do sexo feminino e a média de idade foi de 41 anos. Foi identificado que 83,3% (n=25) dos casos eram tutores de gatos positivos para esporotricose. Piraquara teve o pico da doença em 2021, demonstrado pela proporção por prevalência de 14,5 casos por 100.000 habitantes. Foram registrados 334 casos de esporotricose felina, dos quais, 61,7% (n=206) eram gatos machos.  Os desfechos se caracterizam, sumariamente, em 45,2% (n=151) altas e 26,6% (n=89) óbitos. Com o georreferenciamento observa-se a disseminação da doença com o surgimento de novas áreas com número expressivo de casos e uma grande área quente, indicando uma consolidação da transmissão entre os gatos. Com base nestes achados é necessário que ações sejam realizadas para conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a importância desta doença, focando além da guarda responsável de animais, na garantia do acesso pela população aos serviços de vigilância da esporotricose e a realização de ações intersetoriais a fim de conter o avanço de casos.

Biografia do Autor

Fernanda Paula da Silva Torres, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná

Médica Veterinária graduada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2020. Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Famímia da UFPR (2020-2022).

Ingridy Fhadine Hartmann, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná

Discente de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, da Universidade Federal do Paraná 

Suzana Maria Rocha, Unidade de Vigilância de Zoonoses - Prefeitura de São José dos Pinhais

Médica Veterinária graduada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2018. Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Famímia da UFPR (2019-2021).

Elizabete Balbino Javorouski, Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara, Paraná

Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara

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Publicado

2022-12-02

Como Citar

Torres, F. P. da S., Hartmann, I. F., Rocha, S. M., Javorouski, E. B., Morikawa, V. M., & Lopes, M. O. (2022). OCORRÊNCIA DA ESPOROTRICOSE HUMANA E FELINA EM PIRAQUARA, PARANÁ, BRASIL: UM ALERTA PARA A EXPANSÃO DA DOENÇA. Archives of Veterinary Science, 27(4). https://doi.org/10.5380/avs.v27i4.84666

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva