AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM POTROS PURO SANGUE INGLÊS E BRASILEIRO DE HIPISMO SUBMETIDOS A ENSAIO IMUNOCROMATROGRAFICO 12 HORAS APÓS O NASCIMENTO
Abstract
Na espécie equina a placenta apresenta seis camadas teciduais, as quais impedem a passagem das imunoglobulinas para o feto, por isso é classificada como epiteliocorial difusa. Em função disso, os potros nascem hipo ou agamaglobulinêmicos e dependem exclusivamente do colostro de qualidade para transferência da imunidade. Dessa forma, fatores que inviabilizam esta etapa ocasionam Falhas na Transferência da Imunidade Passiva (FTIP), uma das maiores causas de perdas na neonatologia equina. Sendo assim, a dosagem de Imunoglobulina G (IgG) realizada de forma precoce permite identificar a tempo de intervenção animais com falhas de transferência, minimizando perdas no rebanho. Posto isso, o presente estudo objetivou analisar os níveis séricos de anticorpos IgG em potros das raças Puro Sangue Inglês (PSI) e Brasileiro de Hipismo (BH). Para tanto foram utilizados 18 animais da raça PSI e 7 BH nascidos na Coudelaria Colaço, no município de Piraquara – PR, entre setembro de 2019 e novembro de 2020. Os animais foram submetidos às dosagens de IgG mediante coleta do soro 12 horas após o parto. As análises apontaram que 56% dos animais atingiram níveis excelentes de anticorpos, enquanto 36% sofreram falhas parciais e 8% apresentaram falhas totais de transferência. Concluiu-se que o manejo e os cuidados adequados no momento do parto, assim como a precoce identificação de neonatos com FTIP asseguraram o desenvolvimento de potros saudáveis mesmo com a incidência de casos acima do encontrado na literatura. Contudo, devem ser investigadas as causas maternas buscando identificar e caracterizar de forma precisa a frequência de casos de FTIP na propriedade.
Keywords
Full Text:
PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v27i4.84619