PARASITOS GASTROINTESTINAIS DE CANINOS E FELINOS: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v26i2.77520Palavras-chave:
helmintos, protozoários, saúde animal, saúde pública, zoonoses.Resumo
O objetivo deste estudo foi identificar os parasitos gastrointestinais (PGI) de caninos e felinos, domiciliados e não domiciliados, em sete cidades do estado de Pernambuco e, assim, avaliar a contaminação ambiental e o risco de transmissão de parasitos com potencial zoonótico. Foram coletadas 256 amostras fecais de caninos (n=183) e felinos (n=73). As amostras de fezes foram processadas pelo método de flutuação de Sheather modificado (com solução hipersaturada de sacarose 1,3d) e método de sedimentação espontânea. Em 86 (33,6%) amostras foram detectados helmintos e/ou protozoários. Os PGI identificados em cães foram: Ancylostoma sp. (42/55; 76,4%), Trichuris vulpis (9/55; 16,4%), Toxocara canis (5/55; 9,1%), Strongyloides stercoralis (3/55; 5,45%), Dipylidium caninum (3/55; 5,45%) e Cystoisospora sp. (3/55; 5,45%). Em gatos, foram identificados Toxocara cati (5/30; 16,6%), Coccídios (19/30; 63,3%), Dipylidium caninum (3/30; 10%) e Ancylostoma sp. (3/30; 10%). Cinco dos oito PGI identificados tem potencial zoonótico. Estes resultados demonstram a importância do diagnóstico parasitológico a partir da identificação de parasitos que podem afetar não apenas a saúde animal, mas também a saúde humana a partir da contaminação ambiental. Este estudo deve subsidiar ações de educação em saúde com os tutores e de formação continuada com médicos veterinários para a prevenção de parasitoses gastrointestinais nos animais e a transmissão de zoonoses parasitárias, na perspectiva da Saúde Única, que preconiza a mitigação de riscos à saúde na interface animal-humano-ambiente.
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