MEGAESÔFAGO SECUNDÁRIO A PERSISTÊNCIA DO ARCO AÓRTICO DIREITO EM CÃO DA RAÇA PASTOR ALEMÃO – RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v15i5.77499Palavras-chave:
aneladura vascular, radiografia contrastada, regurgitaçãoResumo
RESUMO: O megaesôfago é um transtorno relacionado a dilatação e hipomotilidade esofágica e é considerado a principal causa de regurgitação em cães. Pode ocorrer de forma primária ou secundária, classificado em congênito, adquirido idiopático e adquirido secundário. A forma secundária adquirida pode ocorrer em inúmeras circunstâncias, e dentre elas evidencia-se as anomalias de anel vascular, como a persistência do arco aórtico direito (KOZU et al., 2015). Estas anomalias são malformações congênitas dos principais vasos da base do coração, os quais, por estarem em posições errôneas, comprimem o esôfago ou a traqueia, acarretando obstrução física desses órgãos e ocasionando afecções digestivas ou respiratórias (MENZEL; DISTL, 2011). O objetivo deste resumo é descrever o caso de um cão, macho, com quatro meses de idade que foi atendido na Clínica Ducão Veterinária, Caxias do Sul/RS, pesando 8,6 kg, da raça Pastor Alemão com histórico de êmese recorrente. Ao exame físico do paciente foi observado baixo escore corporal, 5 em uma escala de 0-10, retardo no crescimento e desidratação de 3%. Mucosas apresentavam-se normocoradas, tempo de perfusão capilar de dois segundos, linfonodos não reativos, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura retal dentro dos parâmetros fisiológicos da espécie. Foi solicitado hemograma e exame radiográfico simples e contrastado de região cérvico-torácica. No exame hematológico constatou-se em aumento nos valores de eritrócitos, hematócrito, hemoglobina e diminuição de proteínas totais caracterizando assim, uma policitemia relativa devido ao estado de desidratação e hipoproteinemia por desnutrição. No exame radiográfico simples foi observado lúmen traqueal deslocado cranialmente em sua porção torácica e perda da conformação normal da silhueta cardíaca, sugerindo anomalia por aneladura vascular e na radiografia contrastada, observou-se esôfago dilatado cranialmente a base do coração, levando ao diagnóstico de megaesofâgo. Desta forma, foi indicado oferecer alimentação pastosa de forma elevada, aproximadamente 45 cm do chão. O tratamento clínico é realizado, mas o procedimento cirúrgico é preconizado por haver uma melhora significativa dos sinais clínicos (MENZEL; DISTL, 2011). O paciente aqui relatado demonstrou melhoras após a mudança no manejo alimentar, porém não de forma satisfatória, sendo encaminhado precocemente para a correção cirúrgica através da secção do ducto arterioso, garantindo um prognóstico satisfatório.
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