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ESCHERICHIA COLI ENTEROHEMORRÁGICA E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM SUÍNOS CRIADOS NO ESTADO DO PARÁ

Suellen da Gama Barbosa Monger, Daniela Cristiane da Cruz Rocha, Débora de Castro Costa, Natália Freitas de Souza, Anderson Nonato do Rosario Marinho, Washington Luiz Assunção Pereira

Abstract


O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência e o perfil de resistência antimicrobiana de Escherichia coli enterohemorrágica em suínos criados no Estado do Pará. 200 amostras fecais de suínos foram coletadas e semeadas em caldos Escherichia coli e Gram negativo, e posteriormente incubadas em Agar MacConkey. Colônias suspeitas foram identificadas em ágar tríplice açúcar ferro para caracterização bioquímica e analisadas a partir de PCR Multiplex, seguido de investigação de susceptibilidade aos agentes antimicrobianos disponíveis usando o sistema VITEK® 2 Compact (bioMérieux)®. Das 15 propriedades estudadas, foram verificadas E. coli enterohemorrágica (EHEC) em seis, sendo isoladas em 11% (22/200) dos animais pesquisados. O teste de susceptibilidade aos antimicrobianos demonstrou que 50% dos casos apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano: 31,81% para ácido nalidíxico, 27,27% para trimetoprim-sulfametoxazol, 18,18% para ampicilina e 13,63% para cefalotina. Neste estudo, cepas de Escherichia coli enterohemorrágica foram identificadas em suínos,  e foi possível verificar a resistência dessas cepas patogênicas a alguns antimicrobianos utilizados na rotina veterinária e humana, como trimetoprim-sulfametoxazol e ampicilina, que são indicados para combatê-las, surgindo preocupação quanto ao tratamento de doenças que envolvem E. coli patogênica, bem como a seleção de genes de resistência em bactérias presentes na microbiota animal utilizada como alimento, e a possibilidade de transferência desses genes para bactérias do trato intestinal humano.


Keywords


diarreia; enteropatógenos; suinocultura

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v1i1.76515