ESCHERICHIA COLI ENTEROHEMORRÁGICA E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM SUÍNOS CRIADOS NO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v1i1.76515Palavras-chave:
diarreia, enteropatógenos, suinoculturaResumo
O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência e o perfil de resistência antimicrobiana de Escherichia coli enterohemorrágica em suínos criados no Estado do Pará. 200 amostras fecais de suínos foram coletadas e semeadas em caldos Escherichia coli e Gram negativo, e posteriormente incubadas em Agar MacConkey. Colônias suspeitas foram identificadas em ágar tríplice açúcar ferro para caracterização bioquímica e analisadas a partir de PCR Multiplex, seguido de investigação de susceptibilidade aos agentes antimicrobianos disponíveis usando o sistema VITEK® 2 Compact (bioMérieux)®. Das 15 propriedades estudadas, foram verificadas E. coli enterohemorrágica (EHEC) em seis, sendo isoladas em 11% (22/200) dos animais pesquisados. O teste de susceptibilidade aos antimicrobianos demonstrou que 50% dos casos apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano: 31,81% para ácido nalidíxico, 27,27% para trimetoprim-sulfametoxazol, 18,18% para ampicilina e 13,63% para cefalotina. Neste estudo, cepas de Escherichia coli enterohemorrágica foram identificadas em suínos, e foi possível verificar a resistência dessas cepas patogênicas a alguns antimicrobianos utilizados na rotina veterinária e humana, como trimetoprim-sulfametoxazol e ampicilina, que são indicados para combatê-las, surgindo preocupação quanto ao tratamento de doenças que envolvem E. coli patogênica, bem como a seleção de genes de resistência em bactérias presentes na microbiota animal utilizada como alimento, e a possibilidade de transferência desses genes para bactérias do trato intestinal humano.
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