USO TÓPICO DE SOLUÇÃO DE SULFATO DE MORFINA 1% EM OLHOS SAUDÁVEIS DE CÃES
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v22i4.56955Palavras-chave:
córnea, úlcera, opioide, analgesiaResumo
A córnea é um dos tecidos mais ricamente inervados do organismo. Receptores opioides já foram detectados na córnea, sendo o uso tópico de opioides uma alternativa analgésica no tratamento de úlceras de córnea, sem prejudicar a cicatrização. Este trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade corneana do uso de solução de sulfato de morfina 1% na córnea íntegra de cães. Dez cães sem lesão ocular foram tratados com uma gota de solução fisiológica 0,9% no olho direito (GC), e uma gota de solução de sulfato de morfina 1% com o pH corrigido para 7,2 no olho esquerdo (GM). Foram realizados os exames de tonometria, estesiometria, teste lacrimal de Schirmer, medição do diâmetro pupilar e avaliados a intensidade da hiperemia conjuntival e presença de blefaroespasmo com e sem fonte de luz. As avaliações ocorreram antes das aplicações e nos momentos 10, 20, 30, 60 e 240 minutos após a instilação do último colírio. Foi realizada análise de variância (ANOVA) para os testes paramétricos, com comparação das médias pelo teste de Tukey-Kramer. A hiperemia e blefaroespasmo foram avaliados pelo teste de qui-quadrado. A hiperemia conjuntival observada no grupo GM foi significativamente maior (7/10) que a do grupo GC, que não apresentou hiperemia. (P<0,05). Dois olhos do GM apresentaram blefaroespasmo na presença de fonte de luz aos 10 minutos. Não houve diferença estatística entre os valores de sensibilidade corneana, diâmetro pupilar, e produção lacrimal. A pressão intraocular foi menor no grupo GM no momento 240 comparado ao grupo GC (P<0,05). A solução de sulfato de morfina 1% não promove efeito analgésico quando administrada em córnea íntegra de cães e está associada a efeitos irritativos no olho e anexos logo após a instilação.
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