DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO EM PEQUENOS ANIMAIS: O QUE PODE INFLUENCIAR?
Abstract
Muitas dificuldades são encontradas pelo clínico dentro da dermatologia veterinária. A análise de cada etapa a ser percorrida durante a consulta clínica evidenciará quais são os pontos críticos e auxiliará o médico veterinário na conclusão dos casos. O objetivo dessa revisão é abordar as principais influências no diagnóstico das doenças dermatológicas em pequenos animais. É essencial uma boa relação com o tutor, para que o mesmo forneça um bom histórico e assuma os custos dos exames complementares. Erros no diagnóstico ocorrem quando a anamnese é incompleta ou preenchida erroneamente, exame físico superficial ou feito às pressas e por avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos. A escolha dos exames complementares deve ser feita de maneira coerente, pois cada exame possui sua técnica adequada. Para a procura de Demodex sp. por meio da técnica de raspado cutânea, este deve ser realizada até as camadas mais profundas da pele. Na citologia, amostras de baixa qualidade ocorrem quando há muito sangue, pressão inadequada na punção, esfregaço espesso e tempo de contato com o corante insuficiente. A amostragem para cultura bacteriana não deve ser realizada de áreas com erosões úmidas e muitas crostas. O diagnóstico precoce de dermatofitose é necessário tanto para o início de um tratamento quanto para limitar o contágio com outros animais e pessoas. Na biópsia cutânea, as amostras devem ser de lesões precoces (lesões primárias) exceto, em doenças atróficas dos anexos.A boa comunicação com o tutor, atenção especial a todas as etapas da consulta clínica, não buscar resultados imediatos, fácil contato com o laboratório e os cuidados com a colheita de amostra para exames complementares influenciam de forma positiva no diagnóstico dermatológico.
Keywords
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PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v22i4.56944