ASPECTOS MACROSCÓPICOS DE VÉRTEBRAS DE SUÍNOS FRATURADAS DURANTE O PROCESSO DE ABATE
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v21i3.45563Palavras-chave:
medicina veterinária, sanidade animal, suínosResumo
As fraturas em vértebras lombossacrais acontecem com frequência durante o abate de suínos, sendo desencadeadas pela forte contração muscular que ocorre nesta região em consequência da insensibilização elétrica. O objetivo deste estudo foi descrever as características das fraturas de vértebras lombossacrais provocadas pelo processo de abate e verificar se existe diferença anatômica entre os animais com e sem fratura e entre linhagens genéticas comerciais com histórico de porcentual de fraturas diferentes. Em um abatedouro localizado no estado do Paraná foram coletadas 50 peças anatômicas contendo vértebras L6 até S2 de animais de duas linhagens genéticas distintas de suínos com frequências diferentes de animais fraturados ao abate (GAF – grupo alta fratura – n=32 – linhagem genética com 5% de fratura e GBF – grupo baixa fratura – n=18 – linhagem genética com 0,5% de fraturas), tanto de suínos normais (n=28) como de suínos fraturados (n=22). As peças foram dissecadas e submetidas à morfometria com paquímetro digital, tomando-se as medidas dos processos espinhoso, transverso e faceta articular; comprimento vertebral; espessura do corpo vertebral e o diâmetro do canal medular. As fraturas foram classificadas em transversa, oblíqua e cominutiva. O tipo de fratura predominante foi a cominutiva e a vértebra mais acometida foi a S2. Houve diferença anatômica entre os grupos GAF e GBF e entre os fraturados e não fraturados, sendo que os animais do GAF e os fraturados apresentaram vértebras maiores, mais longas e mais finas, o canal medular mais caloroso, os processos espinhosos maiores e a faceta articular menor. Conclui-se que suínos que fraturam no abate possuem vértebras lombossacrais anatomicamente mais propensas às fraturas.
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