MENSURAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE CORTISOL E DE LACTATO DESIDROGENASE COMO INDICADORES DE ESTRESSE EM CUTIA (Dasyprocta azarae)

Autores

  • ALEXANDRA ACCO

DOI:

https://doi.org/10.5380/avs.v3i1.3769

Resumo

O estresse é uma síndrome que acomete animais selvagens, e em particular, aqueles de vida cativa. Associada ao estresse está a miopatia de captura, enfermidade capaz de produzir lesões sistêmicas que levam os animais rapidamente a óbito. Em ambas as circunstâncias ocorrem alterações hormonais e enzimáticas. O presente trabalho objetivou mensurar níveis séricos de cortisol e de lactato desidrogenase (LDH) como indicadores de estresse em cutias (Dasyprocta azarae), animal típico de fauna paranaense e que possui importante ação ambiental como dispersor de sementes. Foram utilizadas 28 cutias, sendo cinco provenientes do Zoológico Municipal de Curitiba (ZMC) e 23 do Criadouro Científico do Museu de História Natural de Curitiba, Capão da Imbuia (MHN). Os animais foram mantidos em jejum por 14 a 16 h e então contidos farmacologicamente com a associação de cloridrato de xilazina, cloridrato de cetamina e sulfato de atropina. No 20º min de anestesia procedeu-se à colheita de sangue. O soro foi separado por centrifugação para subseqüente dosagem de LDH através de espectrofotometria e de cortisol através de radioimunoensaio de fase sólida (RIA) de uso humano. Os resultados mostraram não haver diferença entre os níveis séricos de LDH quando as variáveis procedência, sexo, idade e hora de colheita foram analisadas, sendo 259 ± 153.43 UI/L o valor médio. A análise das variáveis hora de colheita e procedência também mostrou não haver diferença significativa para os níveis de cortisol. No entanto, nas fêmeas o valor médio (82,25 ± 58,14 µg/dL) foi significativamente maior do que o valor nos machos (45,11 ± 13,35 µg/dL), sendo a maior diferença observada entre machos adultos e fêmeas jovens. O valor de cortisol em uma fêmea gestante (201,48 µg/dL) foi mais elevado do que a média das demais fêmeas. Conclui-se que ambos os grupos de cutias deviam estar sendo criados em condições adequadas; que os valores de cortisol foram mais elevados em fêmeas; que a associação anestésica utilizada foi eficaz para a contenção durante o colheita de sangue; que o kit de RIA de uso humano mostrou-se eficaz para a dosagem de cortisol sérico em cutias; que o cortisol não apresentou ritmo circadiano, e, adicionalmente, foi possível supor que durante a gestação de cutias a cortisolemia eleva-se. Unitermos: cutias, Dasyprocta azarae, cortisol, lactato desidrogenase.

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Como Citar

ACCO, A. (1998). MENSURAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE CORTISOL E DE LACTATO DESIDROGENASE COMO INDICADORES DE ESTRESSE EM CUTIA (Dasyprocta azarae). Archives of Veterinary Science, 3(1). https://doi.org/10.5380/avs.v3i1.3769

Edição

Seção

Resumos de Teses