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UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES SUBPRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E DA VIABILIDADE ECONÔMICA

ELIS BERNARD KAMWA

Abstract



Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o desempenho zootécnico e a
viabilidade econômica de frangos de corte, utilizando quatro tratamentos diferentes em
relação às fontes de proteína. O tratamento T1 tinha farelo de soja como fonte de proteína,
enquanto o T2 tinha além do farelo de soja em todas as fases, a farinha de vísceras na fase
inicial, e a de penas e vísceras nas fases de crescimento e final. Os suplementos protéicos de
T3, em todas as fases, foram o farelo de soja e a farinha de carne e ossos. Por sua vez, o T4
constou de farelo de soja, farinha de carne e ossos, e farinha de penas e vísceras, como fontes
de proteína, nas três fases. Foram utilizados 2.800 pintinhos de corte, da linhagem Ross,
machos e fêmeas (proporções aproximadamente iguais), com um dia de idade e peso médio de
37,67g, alojados em 28 boxes. A fim de se garantir a isonomia das condições ambientais, as
aves alojadas nos 4 boxes dos cantos não fizeram parte do experimento propriamente dito. O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e 6
repetições, sendo 100 aves por unidade experimental. Durante os 46 dias de experimento, as
aves tinham livre acesso à ração e à água. Os dados eram coletados diariamente, e/ou
semanalmente, para posterior cálculo dos índices zootécnicos e do custo de produção. Os
índices zootécnicos foram avaliados através da análise de variância e classificação de médias
(teste de Tukey). Para a variável peso médio aos 21 dias, o tratamento farelo de soja mais
farinha de carne e ossos (T3) promoveu o melhor resultado, seguido pelo tratamento que tinha
a combinação de farelo de soja, farinha de carne e ossos e farinha de penas e vísceras como
fontes protéicas (T4), o tratamento T2 (farelo de soja mais farinha de vísceras) tendo
apresentado o 3° melhor resultado, e finalmente aquele com farelo de soja como única fonte
(T1). Aos 46 dias, as aves de T1 tiveram o maior peso médio, seguidas pelas do T4, aquelas do
T3 e finalmente os animais do T2. Houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,10)
apenas entre os resultados referentes aos 21 dias, em que T3 foi diferente de T1. Quanto à
conversão alimentar aos 2l dias, a classificação do melhor para o menos eficiente foi T3, T4,
T2 e T1, com T3 diferente (p < 0,05) de T1. Na 2ª fase, a ordem foi T1, T4, T2 e T3, sem
diferença estatística entre as médias. Com relação ao índice de eficiência produtiva, na 1ª fase,
o resultado foi igual ao da conversão alimentar, ao passo que na 2ª, registrou-se T1 > T4 > T3
> T2, sem diferença estatística. No consumo de ração, não houve diferença estatística entre os
tratamentos, em qualquer das duas fases. Em termos de custo de produção/kg de frango,
calculado aos 46 dias, a ordem do mais barato para o mais oneroso foi T4, T2, T1 e T3, com T3
- T4 = R$ 0,045/kg de frango produzido. Aos 21 dias de idade, o tratamento T4 foi o de menor
custo e T1 o mais caro.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v3i1.3766