DESEMPENHO DE BÚFALOS (Bubalus bubalis L.) CONFINADOS EM TERMINAÇÃO, COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES RELAÇÕES DE VOLUMOSO E CONCENTRADO
Abstract
O trabalho foi conduzido no Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR (Estação Experimental
do Canguiri, Município de Pinhais - PR), por 91 dias, num delineamento de blocos completos
casualisados. Dezoito búfalos Murrah, machos, inteiros, com peso vivo médio inicial de 403
kg, foram confinados em três tratamentos (T), com diferentes relações (%) de volumoso (V) e
concentrado (C): T1 = 75 V: 25 C; T2= 65 V: 35 C; T3 = 55 V: 45 C, calculadas para serem
isoprotéicas e isocalóricas. 0 volumoso utilizado foi a silagem de milho + 0,5% de uréia,
sendo os concentrados formulados com farelo de soja e trigo, milho, caroço de algodão e
minerais, com: T1 = 32,78 e 71,08; T2 = 24,17 e 66,50; T3 = 20,23 e 63,84 de PB e NDT (em
%), respectivamente. Foram avaliados: o ganho de peso médio diário (GMD); eficiência
alimentar (EA); consumo médio de matéria seca (CMS), de proteína bruta (CPB) e de energia
(CEN); rendimento de carcaça quente (RCO); quebra no resfriamento (OR); comprimento de
carcaça (CC); comprimento da perna (CP); espessura do coxão (EC) área de lombo (AL);
espessura de gordura (EG); porcentagem de músculo (MC), osso (OS) e gordura (GO);
conformação (CONF); marmoreio (MAR); coloração (COR) e textura (TEX), além da análise
econômica. As médias obtidas foram analisadas pelo teste de Tukey ao nível de 5h de
significância. Não foi verificada diferença estatística (P > 0,05) entre as médias dos
tratamentos para o GMD - kgcabdia (T1 = 1,23; T2 =1,23; T3 =1,21). Os animais do T3,
apresentaram melhor (P < 0,05) EA - kg MSkg peso vivo adquirido (T3 = 7,08), ou seja,
melhor conversão da MS ingerida em peso vivo. Entretanto, não foi observada diferença (P >
0,05) entre T3 e T1 (7,21) tampouco entre T1 e T2 (7,41). 0 CMS - kgdiatratamento, foi
semelhante (P > 0,05) para todos os tratamentos (T1 = 56,64; T2 = 56,01; T3 = 56,34). O CPB
- kgdiatratamento, foi crescente (P < 0,05): T1 (8,36) > T2 (7,76) > T3 (7,55). Tais
diferenças, podem, aparentemente explicar a semelhança entre os ganhos de peso nos três
tratamentos. O CEN - kg NDTdiatratamento, no T1 (36,73), foi superior (P < 0,05) ao T2
(35,79) e ao T3 (35,49), o que também pode ter contribuído para a semelhança entre os ganhos
de peso. Os tratamentos não influenciaram (P > 0,05) as médias das seguintes características
de carcaça: RCO (k) = 50,28; 51,20 e 51,05; OR (h) = 2,96; 2 91 e 3 13 CC (cm) = 133,75;
133,50 e 135,83; CP (cm) = 70,66; 71,33 e 7240; EC (cm) = 2616; 26,25 e 26,25; AL (cm2) =
65,48; 67,83 e 62,76; EG (mm) = 7,58; 8,42 e 688, respectivamente para T1 ,T2 e T3. O T3,
apresentou maior (P < 0 O5) proporção de ossos (T3 =17,32%) do que o T1 (16,06%).
Entretanto, não houve diferença (P > 0,05) para o T2 (16,38%). A relação de MC (%) = 56,47;
61,07 e 59,00 e de GO (%) = 27,85; 22,73 e 23,50, para T1 ,T2 e T3 , foi semelhante (P >
0,05). As características qualitativas dá carcaça, não foram influenciadas (P > 0,05) pelos
tratamentos. Os resultados obtidos para T1 ,T2 e T3, foram: CONF - boa (-); regular (+) e
regular (+); MAR - leve; leve e leve (-). Para a COR - vermelho levemente escuro e TEX -
levemente grosseira, os resultados foram semelhantes para T1 ,T2 e T3. Os custos para a
manutenção dos animais confinados foram superiores às receitas obtidas, inferindo-se, desta
forma, que a atividade, tal como foi conduzida, foi deficitária.
Full Text:
PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v3i1.3759