ENDOMETRITE SUBCLÍNICA APÓS O TRATAMENTO DE VACAS COM ENDOMETRITE CLÍNICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v17i3.25529Palavras-chave:
bovinos, citologia endometrial, cytobrush, inflamação, úteroResumo
A endometrite subclínica tem efeito negativo no desempenho reprodutivo pois reduz a taxa de prenhez e aumenta o intervalo parto-concepção. Diante disto, objetivou-se avaliar a ocorrência de endometrite subclínica (ES) aos 42 dias pós-parto (dpp) em vacas que foram diagnosticadas com endometrite clínica entre 21 e 28 dpp e tratadas com infusão uterina de oxitetraciclina. Foram utilizadas 54 vacas mestiças leiteiras, divididas em dois grupos: o controle - GC (n=34), composto por vacas com parto e puerpério fisiológico de acordo com o exame clínico proposto e sem nenhum tratamento; e o grupo tratado - GT (n=20), vacas com endometrite clínica tratadas entre 21 e 28 dpp, com infusão uterina (4 g de oxitetraciclina) entre 21 e 28 dpp. Acompanhou-se no dia do parto, 7, 14, 21, 28 e 42 dpp. Realizou-se avaliação dos parâmetros vitais, escore de condição corporal, exame ginecológico e citologia endometrial através da técnica de cytobrush. Aos 42 dpp não houve diferença na porcentagem de muco vaginal limpo (P=0,69) e os dois grupos apresentaram a mesma evolução clínica. Aos 42 dpp houve diferença entre a ocorrência de ES (P<0.001) entre GC (14,8%) e o GT (80,0%), além de apresentar diferença na proporção de neutrófilos (3,3 ± 6,6; 54,6 ± 39,9 – p<0,001), células endometriais (95,9 ± 8,0; 39,6 ± 40 - p<0,001), macrófagos (0,1 ± 0,3; 1,1 ± 1,0 – p=0,016), linfócitos (0,6 ± 1,9; 3,9 ± 4,2 – p<0,001) e eosinófilos (0,1 ± 0,2; 0,8 ± 2,0 – p=0,113), respectivamente. Concluiu-se que, apesar das vacas com endometrite clínica apresentarem resposta ao tratamento com funções vitais, involução uterina e secreção vaginal semelhante às vacas com puerpério fisiológico, ainda persistem com uma alta incidência de endometrite subclínica (80%) que representa um efeito negativo no desempenho reprodutivo.
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